O governador do Acre fez questão de avisar, antes que começassem a criar suposições, que de agora até o mês de julho vai “viver” fazendo ponte aérea entre o Acre e Brasília. Segundo ele, isso tem um motivo: garantir o recebimento de recursos que o estado está para receber. “Até julho vou passar poucos dias no Acre. Vou passar mais tempo em Brasília, porque não quero deixar “passar” os recursos garantidos”, disse Gladson Cameli.
As constantes viagens ao centro político do país, na visão de Gladson, irão endossar o acompanhamento corpo a corpo para com os recursos que devem ser enviados ao estado. “Enquanto não sair a Reforma da Previdência, vou estar constantemente fazendo essa ponte aérea para que eu possa governar”.
O chefe do executivo estadual reafirmou que se a Reforma da Previdência não ocorrer, o Acre irá decretar estado de calamidade financeira. “Só em janeiro tiramos do cofre do estado cerca de 40 milhões para pagar o déficit da previdência”. Além disso, Gladson lamentou que agora, está pagando uma dívida de 10 milhões de dólares de empréstimos deixados pela gestão anterior. “E aí, vou tirar dinheiro de onde? Para que a gente possa atender os anseios da população, precisamos da reforma”.
“A reforma vai aquecer nossa economia. O pacto federativo vai dar sustentação para o estado e aos municípios”. Cameli enalteceu a situação que o Brasil pode migrar após a reforma. “O país vai dormir de um jeito e acordar de outro, com condições de virar uma Europa”.
Segundo Cameli, países do mundo inteiro querem investir nos estados país, mas para isso precisam de segurança. “O Acre vai virar um estado que vai ser olhado por todos que querem investir porque está num espaço geográfico favorável”.
Para ele, a única coisa que falta para o Acre funcionar, economicamente falando, é o sinal positivo para a reforma da previdência. “Tudo que dê benefício para o estado e gere emprego, estaremos a favor”, finalizou.