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Erosão muda trecho do Rio Juruá e navegações têm dificuldades de abastecer cidades no AC

Um atalho provocado pela erosão em um trecho do Rio Juruá reduziu a extensão entre as cidades de Cruzeiro do Sul e Porto Walter, mas está impossibilitando a navegação de embarcações de grande porte e compromete o abastecimento de duas cidades do interior do Acre.


No local, depois que a erosão eliminou pelo menos cinco curvas do manancial, se formou uma forte de correnteza que inviabiliza a passagem de embarcações com cargas. Na terça (14), o rio estava com 6,63 metros, segundo o Corpo de Bombeiros.


Depois de cinco cheias em um período de menos de 6 meses, o rio formou um novo canal na altura do seringal Simpatia, a duas horas de Porto Walter, eliminando as curvas que davam uma extensão de mais de cinco quilômetros.


Com o leito em linha reta, o trecho da viagem diminuiu e a força da água dificulta a navegação.


Por conta disso, a maioria das balsas que abastecem as cidades de Porto Walter e Marechal Thaumaturgo com diversos tipos de produtos suspenderam as operações e aquelas que tentam seguir em atividades, às vezes, não conseguem passar pelo local.


Uma empresa de construção que faz obras de calçamento de ruas na cidade de Porto Walter está há mais de uma semana tentando chegar ao município com uma balsa carregada com 160 milheiros de tijolos, mas não consegue ultrapassar o obstáculo.


“Já colocamos dois rebocadores com mais dois motores e não conseguimos passar. A correnteza está muito forte. Estamos esperando para ver se o rio sobe mais um pouco para ver se dá para a gente subir”, disse Cartejane Santos, representante da empresa.


Navegação pode ficar cada vez mais difícil entre cidades no interior do Acre — Foto: Catejane Santos/Arquivo pessoal
Navegação pode ficar cada vez mais difícil entre cidades no interior do Acre — Foto: Catejane Santos/Arquivo pessoal

Com a mudança de canal do rio, os navegantes temem que, se o manancial baixar ainda mais o nível, a navegação fique impraticável até para as embarcações de médio porte e as duas cidades que tem o rio como principal via de acesso fiquem isoladas.


“Ainda vai secar bastante e pelas voltas a gente não anda mais. Situação ainda vai se complicar muito porque onde abriu era um lago muito pequeno e estreito. As balsas grandes já não passam mais e a tendência é que com a vazante, nem batelões consigam passar o que pode provocar o desabastecimento dessas duas cidades até mesmo de alimentos”, alerta o comandante de uma embarcação, Elinaldo Correia.


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