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Rodrigo Maia volta a falar da separação dos bingos e cassinos para aprovação de lei

As visões errôneas sobre a legalização das casas de jogos tem sido uma preocupação para jogadores e empresários deste setor. Um dos nomes mais citados quando o assunto é discutido é o de Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados.


Assim como o eleito Jair Bolsonaro, ele tem rodeado o governo com informações infundadas. Essa postura tem assustado os eleitores. Em entrevista ao site Valor, Maia comentou seu ponto de vista sobre a proposta de lei PL 530/19, empregada por Paulo Azi.


Perguntado sobre a pauta do plenário para o mês de junho, Maia respondeu: “Ainda estou pensando. Um dos problemas é que precisamos entender qual é o tamanho da base do governo, qual é a base.


Têm temas quicando, mas que enquanto não tiver base não posso pautar que vai perder, como a autonomia do Banco Central. Meu sentimento: os deputados acham que não dá para derrotar a Previdência na CCJ, mas não veem a autonomia como a algo tão importante.


Eu acho que é, já estamos discutindo com o [futuro presidente do BC] Roberto Campos, mas se não tiver a base organizada, eles não vão querer discutir os impactos positivos. E tem outros debates, como os cassinos vinculados a rede hoteleira, separar isso do bingo e maquininhas. Nos resorts é mais fácil de fiscalizar, gera emprego, dobra os estrangeiros no Brasil e atrai R$ 20 bilhões em arrecadação”, finalizou.


Estudos que contradizem a exclusividade dos cassinos em resorts

No entanto, isso não condiz com as pesquisas e análises realizadas pelos órgãos que lutam pela legalização. O Instituto Brasileiro Jogo Legal – IJL, por exemplo, pontua que muitas outras vantagens serão geradas com um rígido controle de todas as modalidades.


O jogo ilegal no Brasil movimenta quase o dobro que os R$ 12.1 bilhões dos jogos oficiais, se somados os R$ 11,4 bilhões das loterias da Caixa Econômica Federal, R$ 400 milhões das Loterias Estaduais e R$ 300 milhões do turfe, sem nenhuma contrapartida destes recursos para o Estado e para a sociedade”, o IJL deixa claro os resultados obtidos.


No Brasil, os Bingos faziam muito sucesso e levavam centenas de pessoas as jogatinas, obviamente alguns deles executavam trâmites ilegais como pano de fundo, mas em contrapartida não possuíam uma regulamentação efetiva.


Além dos cassinos, os demais estabelecimentos também podem angariar dinheiro em impostos, aumentar as oportunidades de empregos e elevar o setor turístico brasileiro. Opiniões como a de Rodrigo Maia acabam levando os eleitores a desacreditar na aprovação efetiva dos jogos de azar.


Já o presidente Bolsonaro apontava desaprovação no início de sua campanha em 2018, já no segundo turno demonstrou interesse em liberar a prática por estados e estudar os efeitos dela.


Apesar desses comentários, fica claro que arrecadação de todos os estabelecimentos destinados a jogos de aposta beneficiam diversas atividades e que o governo está inclinado a liberação. Hoje os casinos online que pagam impostos apenas para seu país sede, esse dinheiro poderia ser convertido em prol do Brasil.


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