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Policial Civil faz grave denúncia contra delegado que supostamente estaria mantendo estreita relação com líder do CV

Em denúncia ao Ministério Público, policial narra constrangimentos, ameaças e total regalias ao preso que é um dos líder do Comando Vermelho no Acre


 


O policial civil Francisco Valsomar Santos de Oliveira, procurou a Redação do site Ecos da Notícia, onde fez uma denúncia grave contra o delegado Frabrizzio Sobreira, a quem acusa de oferta regalias inconcebíveis a Líder do Comando Vermelho durante estadia de prisão em uma delegacia de Rio Branco.


Por questão de segurança, não foi informado em qual delegacia de polícia civil, o preso permaneceu preso por dia e gozando de regalias que colocaram a segurança dos agentes e da própria comunidade em risco.


Toda a denúncia relatada pelo policial civil, foi devidamente levada ao conhecimento do Ministério Público Estadual, através da Promotoria de Fiscalização externa das policias, como também ao Sindicato dos Agentes de Polícia Civil do Acre e Sindicato dos Delegados de Polícia Civil.


De acordo com relatos do policial civil Valsomar Santos, ele encontra-se afastado de suas atividades por força de recomendações médicas, em decorrência de uma excessiva carga de estresse, causada por uma ato ilegal do Delegado Coordenador daquela unidade policial, Frabrizzio Leonard da Silva Sobreira.


 



Segundo relata o policial, ainda no mês de janeiro de 2019, pode constatar através de mensagens de whatsap trocada entre policiais plantonistas, lotados na mesma unidade policial, um verdadeiro clima de pânico e constrangimento em decorrência da presença de um preso custodiado naquela unidade, trata-se do preso; Agilberto Soares de Lima – VULGO-Jiquitaia, conhecido e perigoso líder da facção criminosa denominada comando vermelho Comando Vermelho.


De acordo com Valsomar, além do alto nível do periculosidade do cpreso mencionado, somado a total falta de estrutura física da delegacia  onde não existe nem mesmo muros, ou grades de proteção nas portas e janelas, e ainda a parte dos fundos da acesso direto à um terreno baldio coberto por uma densa vegetação, o delegado Frabrizzio Leonard determinou aos policias plantonistas que deixasse o preso solto nas dependências da delegacia durante o dia, e ainda permitisse visita de sua esposa sem descriminação de horários.


Preso beneficiado com regalias passa a ameaçar agentes da polícia civil


O policial segue relatando que as consequências desta ordem dada pelo delegado, em manter o preso solto nas dependências da delegacia foram extremamente constrangedoras e desastrosas pois conforme relatado nas ocorrências policiais de números 17,19,20,21,22 e 25 do livro de ocorrência diárias e todas levadas ao conhecimento do delegado Fabrizzio, o preso sentindo-se beneficiado com as regalias dadas pelo delegado, em decorrência do que o próprio preso chamava de ” combinado com o delegado” passou a protagonizar uma séria de ameaças e intimidações contra os policiais , conforme narra o policial, segundo ele tudo com base em registros feitos no livro de ocorrências que foram devidamente levados ao conhecimento do delegado: Conforme consta na ocorrência policial do dia 17 de janeiro de 2019, o preso informa que daria início a uma espécie de greve de fome, pelo fato de não terem deixado sua esposa ficar mais tempo em sua companhia e recusou-se a falar com os policias que faziam sua custodia, alegando que já falaria com o delegado Fabrizzio.


Na ocorrência do dia 19 de janeiro, consta que o delegado Fabrizzio deu ordem para que o preso passasse do dia solto. Na ocorrência do dia 20 de janeiro, o policial plantonista do dia diante da inexistência  de uma autorização judicial ou mesmo formal por parte do delegado Fabrizzio, e ainda diante da situação de sua colega de equipe, que se encontrava grávida apresentando enjoou constantes e não portar arma, optou por não liberar o preso contrariando assim a ordem do delegado, fazendo constar fundamentadamente sua decisão no livro de ocorrências, ainda no referido plantão o preso ameaçou o policial com a seguinte frase ” hoje estou preso, mas amanhã estarei solto”.


Relação próxima de líder do CV com delegado possibilitou que ele ficasse com grade da cela aberta, revela denúncia


Na ocorrência do dia 21 de janeiro, o policial consta que as oito horas e vinte minutos o delegado ordenou que tirassem o preso da cela, que logo em seguida o mesmo foi até a sala do delegado, e após o delegado determinou que o preso ficaria com a cela aberta para ele próprio providencia sua alimentação, água e higiene diária, e que este deveria retornar a cela somente as 18h, ocorreu porém que o preso somente se recolheu ” ele mesmo entrou na cela ás 20h e quarenta minutos, ” sobre a alegação de que estaria limpando a cozinha por autorização do delegado. Relata ainda o policial que tudo constou no livro de ocorrência, que pessoalmente não concordava com o fato do preso ficar solto, uma vez que põe em risco a segurança dos plantonistas, dos escrivães e demais funcionários da delegacia e que dentre outros riscos havia o risco de fuga, porém ainda finaliza o policial que mesmo diante de tamanha ameaça contra sua integridade e dos demais colegas, nada poderia fazer pois estava cumprindo ordem do delegado Frabrizzio.


Preso tinha livre circulação na cozinha de delegacia onde usava facas e outros instrumentos metálicos


O policial Valsomar relata ainda, que somente pela proteção de Deus, não ocorreu uma tragédia sem precedentes contra a vida de seus colegas, pois a cozinha que o delegado autorizou o preso a fazer a limpeza, é um local onde existem facas e outros objetos metálicos e pontiagudos  que o preso podia facilmente utilizar como arma contra os policias e que na mesma cozinha existe o único bebedouro de uso comum de todos os policias, cujo o preso poderia facilmente adicionar alguma substancia venenosa. Na ocorrência do 22 de janeiro de 2019, consta uma situação estarrecedora onde o policial plantonista por não abrir a cela no momento em que o preso queria, pois ainda não havia iniciado o expediente na delegacia, o preso fazendo uso de ameaças e intimidações para com o policial submete o mesmo a uma situação constrangedora e humilhante, conforme seu longo relato na ocorrência de número 22. O policial Valsomar ainda informa que mesmo após o delegado Fabrizzio tomar conhecimento da ameaça e de toda situação sofrida pela colega policial, e como não teve conhecimento que nenhuma providência foi tomada e que diante da falta de amparo a colega profundamente abalado procurou ajuda e conseguiu ser lotada em uma outra unidade pois não teria mais condições psicológicas para continuar trabalhando naquele local.


Líder do CV possuía anotações de controle de plantão de policiais, com nome e dia de entrada na delegacia


Na ocorrência do dia 25 de janeiro de 2019, consta que o preso tinha em seu poder anotações com os nomes de todos os policiais plantonistas e os dias de plantão de cada um e que segundo informou o próprio preso o delegado Fabrizzio, disse a ele, que ficaria a cargo de cada policial o ato de liberá-lo ou não da cela, criando assim uma situação altamente constrangedora e de risco aos policias, pois ao invés de tomar as medidas legais contra o preso diante de tudo que foi relatado, o delegado Fabrizzio agiu de forma a facilitar que o preso pudesse conhecer e marcar exatamente cada policial que decidisse não o deixar solto na delegacia, deixando os policiais em uma situação de total vulnerabilidade.


Por negar-se a acatar ordem de delegado favorecendo líder do CV policial foi transferido de delegacia


O policial Valsomar relata ainda, que após voltar de férias em seu primeiro plantão no dia 5 de fevereiro de 2018, por motivo de segurança decidiu não deixar o preso solto, providenciando o necessário, como água e alimentação, e que em 15 de fevereiro, recebeu uma ligação da direção geral de polícia civil, o convidando a comparecer naquele órgão para assinar sua portaria de lotação na delegacia de polícia da cidade do povo. Totalmente surpreso e abalado com essa situação descobriu posteriormente, que tratou-se de uma permuta acordada entre delegados. Ciente que o ato do delegado Fabrizzio foi eivando de ilegalidades, pois permuta entre servidores necessariamente precisa da solicitação ou do aceite de quem pretende permutar cabendo ao superior deferir ou não, pois se fosse possível o formato de permuta “forçada” que o delegado Fabrizzio tentou fazer, estaríamos diante de uma aberração http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativa que iria ferir de morte a estabilidade dos servidores que em um dia estaria em um local trabalhando e em outro  poderia a depender de critérios subjetivos unicamente do delegado, amanhecer lotado até mesmo em outro município, e o mais grave, sem ter direito a uma comunicação prévia e nem ao menos manifestar seu interesse.



Ciente que estava sendo perseguido e sofrendo retaliação, pois em seus quase 16 anos de atividades policial nunca passou por tamanho constrangimento, piorado ainda mais na manhã do dia 18 de fevereiro de 2019, quando teve que suportar com grande tristeza a publicação do diário oficial do Estado, em que constava na portaria número 182, sua lotação na delegacia de polícia da Cidade do Povo, ainda com a informação inverídica de que era do seu conhecimento e aceite tal pedido de permuta. O policial Valsomar, relata que teve que suportar um verdadeira enxurrada de mensagens e ligações de outros colegas policiais, uns preocupados em saber o que aconteceu e outros sem conhecimento da gravidade do que estava ocorrendo fazendo chacotas com a situação.


Agentes da Polícia Civil denunciaM delegado AO Ministério Público, Corregedoria e Associações


Mesmo profundamente abalado e por ter plena consciência em que nunca na sua vida funcional teve qualquer desavença com nenhum colega, muito menos com o delegado Fabrizzio, na mesma manhã do dia 18, saiu a procura de seus direitos e após deixar claro que não tinha solicitado permuta e que nem ao menos foi informado de tal situação, o ato ilegal foi tornado sem efeito na publicação do diário oficial do dia 19 de fevereiro de 2019, através da portaria 186, da secretaria de Estado da Policia Civil, o policial Valsomar diante do flagrante caso de retaliação praticado pelo delegado Frabrizzio, que trocou quase 16 anos de vida funcional de um policial com ficha exemplar, simplesmente para manter regalias a um criminoso, resolveu formular denúncia junto ao controle externo da atividade policial do Ministério Público, pedir providências ao sindicato dos policiais civis do Estado do Acre, a corregedoria de polícia civil e ajuizar ação por danos morais por todo constrangimento e humilhação sofridas.


Ciente da gravidade de sua denúncia o policial Valsomar, espera que o delegado Fabrizzio Leonard, seja afastado de suas atividades naquela delegacia para que seja apurado com isenção e imparcialidade todos os fatos relatados pois, acredita que não seria correto deixar a autoridade policial sendo chefe imediato da maioria dos policias que provavelmente serão intimados a prestar esclarecimentos sobre o que foi denunciado.


O policial Valsomar encerra sua fala fazendo um apelo a todos os colegas policias civis do Estado do Acre, para que estes não se curvem diante das injustiças, dos abusos e do assédio moral praticados por aqueles que deveriam zelar por um ambiente saudável, seguro e cordial de trabalho para todos.


IMPORTANTE: O site Ecos da Notícia tentou contato com o delegado Frabrizzio Leonard, mas não obteve sucesso. Antecipadamente deixa aberto espaço de igual destaque para a autoridade fazer sua defesa se assim considerar necessário.


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