Inaugurada em 19 de dezembro de 1989, a Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre) é a maior unidade hospitalar do estado, reunindo desde atendimento médico ambulatorial a cirurgias de alta complexidade, como transplantes. E sabendo de tamanha responsabilidade, a nova gestão da unidade, definida pelo governador Gladson Cameli, não tem medido esforços para superar desafios operacionais encontrados, garantir os serviços e oferecer um atendimento humanizado.
Hoje, a Fundhacre oferece mais de 30 especialidades médicas e possui cerca de 220 leitos (sendo 11 unidades de tratamento intenso – UTI), além dos serviços de nefrologia e oito salas de cirurgia, embora devido à falta de estrutura herdada, apenas três estejam funcionando.
Liderada pelo médico Lúcio Brasil, a nova equipe de gestão da Fundhacre tem trabalhado incessantemente desde o dia 2 de janeiro para garantir o funcionamento digno da unidade.
“Nossa gestão será pautada pelos esforços para humanizar a gestão do hospital, ter um sistema de informações claras para os usuários e trabalhar para as melhorias necessárias”, conta o presidente da Fundhacre.
Atendimento e estrutura
A nova gestão já foi responsável por organizar o hall do hospital, descongestionando a entrada da grande quantidade de ambulantes que em alguns momentos chegavam até mesmo a atrapalhar a locomoção de pacientes com limitações. Além disso, novas recepcionistas foram contratadas para garantir informações aos usuários dos serviços.
Entre outras melhorias, o Serviço de Atendimento Médico Especializado (Same), ganhou novas cadeiras para acomodação do grande número de pacientes que passam diariamente pelo setor de consultas e a ouvidoria da Fundação foi reativada, voltando a servir como intermediária entre o cidadão para ouvi-lo e garantir um serviço ético.
A cozinha da Fundhacre também foi organizada para funcionar em sua totalidade, com refeições completas para pacientes, acompanhantes e funcionários. Só em janeiro, foram servidas 49 mil refeições, seguidas de acompanhamento nutricional e dietético.
E em parceria com o Deracre, que cedeu uma retroescavadeira, as equipes de serviço geral realizaram um serviço de limpeza do igarapé ao lado da unidade, retirando toneladas de entulhos e equipamentos inutilizáveis que foram acumulados ao longo dos anos. A operação também é responsável por eliminar focos de mosquitos da dengue no espaço.
Um projeto para o futuro
Lúcio Brasil se prepara para ir a Brasília, onde se reunirá com o ministro da Saúde para apresentar um plano de reforço dos serviços da Fundhacre. Ele também se reunirá com membros da bancada federal acreana, entre eles o senador Sérgio Petecão, que se comprometeu a destinar uma emenda de R$ 3 milhões para uma reforma da infraestrutura da unidade, bastante necessária atualmente devido ao sucateamento dos últimos anos.
O presidente da Fundação revela ainda que o estado possui uma demanda reprimida atual de quase 10 mil cirurgias. Para solucionar essa demanda de pequena e média complexidade, o governo espera conseguir nos próximos dias a liberação de um recurso de R$ 4 milhões, que garantirá mutirões de atendimento.
Na área de transplantes, as equipes da Fundhacre já realizaram três de córnea apenas no primeiro mês do ano. A expectativa é que com a negociação dos especialistas, haja o retorno dos transplantes de fígado no estado em até 60 dias.
Lúcio Brasil ainda revela que seus planos para melhoria da Fundhacre dentro da gestão incluem a ampliação do Centro Cirúrgico em cerca de um ano e meio, dobrar a capacidade de leitos da UTI
e trabalhar para a implantação de um serviço de radioimagem na unidade, com um aparelho de ressonância magnética exclusivo.
“São muitos esforços e desafios a serem superados, mas acreditamos nesse projeto e estamos muito dispostos e empolgados em trabalhar para que a Fundhacre tenha cada vez mais seus serviços em níveis de excelência”, destaca.