O governador do Acre, Sebastião Viana, anunciou nesta quinta-feira, dia 27, que só conseguirá pagar 50% do décimo terceiro salário dos servidores públicos da ativa, aposentados e pensionistas. A outra metade [R$ 54 milhões] serão deixados para o próximo chefe do Poder Executivo, Gladson Cameli.
Segundo o governador, todos os esforços para garantir o pagamento foram feitos, mas cortes nos repasses da União ao Estado impossibilitaram que, em dezembro, o governo fechasse a conta no azul, deixando todos os servidores com a integralidade dos salários paga. Notícia que não agrada trabalhadores, nem o comércio.
Ao encerrar o ciclo de governos da Frente Popular, Viana diz que do montante aproximado de 48 mil homens e mulheres, 17 mil ligados à Secretaria de Educação e Esporte e ainda das empresas indiretas, como a Emater, Cageacre, Cila, Anac, Colonacre, Acredata, já estão com o décimo terceiro salário na conta, por força da legislação.
“Nós conseguimos diante de todo o esforço da equipe de governo, chegar ao seguinte avanço: pagamos integralmente os salários de dezembro. E quanto ao 13º, nós conseguimos fazer o pagamento integral em razão de vínculo constitucional para 17 mil servidores da educação e para servidores de estatais”, explica.
O governador alega que todos os servidores estão recebendo apenas a metade do décimo, mas que todas as transferências obrigatórias aos poderes Legislativo e Judiciário, além do Ministério Público, foram realizados conforme orientado pela legislação. A Procuradoria-Geral do Estado auxiliou o governador na decisão de parcelar o 13º salário.
“Fica uma contribuição final a ser dada pelo próximo governo na sua agenda de pagamento de R$ 54 milhões para os servidores da ativa, e ainda menos que isso para os inativos. Na agenda de janeiro, que terá R$ 100 milhões a mais para isso, é tranquilo. No mês de fevereiro, a cota, o repasse para os Estados será de R$ 162 milhões a mais do que o habitual”, completa.