São Paulo elege palhaço, general, príncipe e ator pornô

Os novos deputados assumem em fevereiro para mandatos de quatro anos

© Reprodução / Twitter

Por Folhapress –

galeria de eleitos para integrar a bancada paulista na Câmara dos Deputados tem general, palhaço, príncipe e astro de filme pornô. Os novos deputados assumem em fevereiro para mandatos de quatro anos.


Num discurso em dezembro de 2017, o comediante Tiririca (PR) avisou que não tentaria a reeleição, se dizendo “decepcionado com a política”, mas recuou da decisão e conseguiu se manter no Legislativo.

Teve votos de sobra para se reeleger (445 mil), o quinto mais votado, mas bem menos do que obteve em 2014 (1 milhão). Nas últimas eleições, a votação foi suficiente para carregar para a Câmara outros candidatos, de desempenho pior, o que inspirou o que se chama hoje de “efeito Tiririca”.


O ator Alexandre Frota (PSL), de filmes pornográficos, surfou na onda de Jair Bolsonaro, também de seu partido, e obteve 152 mil votos.


Ele é conhecido por se envolver em polêmicas. Em 2015, foi acusado de fazer apologia ao estupro. Num programa de TV, o “Agora é Tarde”, relatou ter feito sexo com uma mulher desacordada.


Depois que fez cenas com a ex-chacrete Rita Cadilac, afirmou ter sido como “transar com a avó”.


Num vídeo, em tom descontraído, Bolsonaro chegou a sugerir Frota para ministro da Cultura em seu eventual governo. Com a repercussão da declaração, ele explicou que isso não acontecerá até porque pretende extinguir a pasta.


Cogitado para vice na chapa do presidenciável do PSL, Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL), descendente da família real brasileira, acabou não emplacando na vaga, mas concorreu a uma cadeira na Câmara e teve sucesso, com 116 mil votos.


Conhecido como “príncipe”, ele é trineto da Princesa Isabel, tetraneto de dom Pedro 2º e hexaneto de dom João 6º.


Outro eleito, também do partido de Bolsonaro, o general Sebastião Peternelli também vai integrar a bancada paulista. Teve 73 mil votos.


Indicado para presidir a Funai (Fundação Nacional do Índio), ele acabou sendo desconvidado após protestos de movimentos indígenas.


Em uma página na internet, em março de 2016, homenageou o golpe militar de 1964: “52 anos em que o Brasil foi livre do maldito comunismo. Viva nossos bravos militares! O Brasil nunca vai ser comunista”, diz a postagem, compartilhada por 750 internautas.


O campeão de votos em São Paulo foi Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do candidato à Presidência. Ele teve 1,8 milhão de votos.


Em segundo lugar, também do mesmo partido, aparece Joice Hasselmann, com 1 milhão de votos.


Líder do MBL (Movimento Brasil Livre), Kim Kataguiri foi o quarto mais votado, com 465 mil votos, atrás de Celso Russomano, o terceiro do ranking, com 521 mil.


CELEBRIDADES ELEITAS NO PAÍS


Candidatos que já eram conhecidos antes de entrar na política e conseguiram votações expressivas nestas eleições


Leila do Vôlei (PSB-DF)


Bronze em Atlanta-1996 e Sydney-2000, foi a senadora mais votada do Distrito Federal, com 18% dos votos


Tiririca (PR-SP)


O palhaço voltou a ter boa votação para deputado federal e conseguiu sua reeleição com cerca de 445 mil voto


Joice Hasselmann (PSL-SP)


A jornalista se candidatou pelo partido de Bolsonaro, conseguiu mais de 1 milhão de votos chegou à Câmara


Alexandre Frota (PSL-SP)


O ator superou a marca 152 mil votos e se elegeu deputado federal pelo partido de Jair Bolsonaro


Celso Russomanno (PRB-SP)


Mais votado em 2014, não teve o mesmo sucesso. Mesmo assim, com cerca de 513 mil votos, se reelegeu


Outros destaques Nomes conhecidos da política nacional e candidatos que surpreenderam no pleito de domingo


Policial Katia Sastre (PR-SP)


PM conhecida por matar assaltante na porta de escola se elegeu para a Câmara com mais de 260 mil votos


Kim Kataguiri (DEM-SP)


Candidato a deputado federal, o líder do MBL conseguiu se eleger com mais de 450 mil votos


Gleisi Hoffmann (PT-PR)


Senadora e presidente do PT, ela foi a terceira candidata mais votada para a Câmara no Paraná, com 212 mil votos


Magno Malta (PR-ES)


Um dos principais apoiadores de Bolsonaro, não conseguiu se reeleger no Senado. Ficou em 3º, com 17% dos votos


Levy Fidelix (PRTB-SP)


Outro grande apoiador de Bolsonaro, teve 31 mil votos ficou longe da vaga na Câmara dos Deputados


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