Iapen apura como droga entrou na unidade e realiza investigação paralela da Polícia Civil para descobrir as duas mortes ocorridas dentro da Unidade de segurança.
Com Informações G1 Acre
Mais um detento foi achado morto na noite de domingo (14) dentro do presídio Francisco d’Oliveira Conde, em Rio Branco. A vítima foi identificada como Osifran Lima da Silva, de 23 anos.
Ao G1, o diretor do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen-AC), Aberson Carvalho, confirmou, nesta segunda-feira (15), que a causa da morte foi overdose. O órgão destaca que vai apurar como o entorpecente entrou na unidade.
“É importante destacar que o Acre é um dos poucos estados onde existe o pórtico, raio-X de bagagem e scanner corporal. No entanto, estamos verificando como os detentos tiveram acesso a essa droga. É fato que buscamos a todo tempo coibir isso, mas, infelizmente, isso ocorreu dentro de uma unidade nossa”, explicou.
O pai do detento, que não quis se identificar, disse que o filho era usuário de drogas e que soube da notícia por uma assistente social.
“Nem sei direito o que falar. Fiquei sabendo por uma assistente social que ligou para o telefone da minha esposa que ele tinha dado como sendo o número da mãe dele” relatou o pai.
Silva foi achado morto por agentes penitenciários em uma cela do pavilhão J. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) e reconhecido pelo pai na manhã desta segunda.
“Eu criei ele até uns 14 anos. Depois foi morar com a avó. Ela morreu e quando eu soube ele já estava na pousada. Quando fez 18 anos, minha esposa e eu tiramos ele de lá, tudo certinho, mas ele se envolveu no mundo das drogas, era usuário”, lamentou o pai.
Morte em presídio
Na madrugada de domingo (14) um outro detento já havia sido achado morto dentro da unidade.
O corpo de Taylon Rocha, de 23 anos, foi achado dentro da cela 15 do pavilhão D, do presídio Francisco D’Oliveira Conde, em Rio Branco.
Nesta segunda, o diretor do Iapen-AC confirmou que a vítima foi morta por sufocamento dentro da cela. Os agentes faziam uma ronda de rotina pelo presídio quando verificaram uma movimentação na cela e encontraram o detento já sem vida.