ONU pede que Egito suspenda as 75 ‘injustas’ penas de morte

Tribunal egípcio condenou à morte acusados de participar de manifestação em 2013 que terminou com a morte de centenas de manifestantes.

Justiça do Egito confirma a pena de morte para 75 pessoas envolvidas em protestos em 2013

 


A ONU pediu neste domingo (9) que o Egito suspenda a decisão que condenou 75 pessoas à morte, entre elas chefes islamitas. “Espero que a Corte de Apelação egípcia reveja seu veredicto de maneira que os princípios internacionais de justiça sejam respeitados”, declarou a alta comissária para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, em um comunicado.


Bachelet classificou o veredicto como “injusto”. A condenação foi anunciada no sábado (8) por um tribunal egípcio, e inclui a prisão de 600 pessoas que participaram de uma manifestação em 2013 que terminou com a morte de centenas de manifestantes.


A sentença concluiu o julgamento em massa de cerca de 700 pessoas acusadas de crimes, incluindo assassinatos e incitação à violência durante o protesto da Irmandade pró-muçulmana na praça Rabaa Adawiya, no Cairo.


O governo diz que muitos manifestantes estavam armados e que oito membros das forças de segurança foram mortos. Inicialmente, disse que mais de 40 policiais haviam morrido.


Grupos de direitos humanos dizem que mais de 800 manifestantes morreram no incidente mais mortal durante a agitação que se seguiu à revolta popular de 2011 no Egito. A Anistia Internacional condenou a decisão deste sábado, classificando o julgamento como “desonroso”.


Na audiência de sábado no vasto complexo prisional de Tora, ao sul do Cairo, o tribunal criminal condenou à morte por enforcamento vários proeminentes islamistas, incluindo os líderes da Irmandade Essam al-Erian e Mohamed Beltagi e o pastor Safwat Higazi.


O líder espiritual da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, e dezenas de outras pessoas receberam sentenças de prisão perpétua, disseram fontes judiciais. Outros receberam sentenças de prisão que variam de 5 a 15 anos.


Casos foram retirados contra cinco pessoas que morreram na prisão, disseram fontes judiciais, sem dar mais detalhes.


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