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Marcos Dione– O candidato ao governo do Acre pelo PSL, Coronel Ulysses, não apresentou nenhuma proposta no Fórum de Desenvolvimento do Acre/2050, realizado na noite de terça-feira (18) no auditório da FIEAC, em Rio Branco. Ulysses descumpriu as regras do debate, teve o microfone desligado, e tumultuou o evento.
Diferente dos demais candidatos, Ulysses usava o espaço unicamente para atacar a classe política, sobretudo os atuais grupos que governam o Acre e o Brasil. Mesmo sendo lembrado pelo mediador Rogério Wenceslau, ele não apresentou as propostas do plano de governo que diz ter elaborado junto à sua equipe.
Ao ser informado pelo mediador que a comissão de ética do evento solicitava que ele focasse exclusivamente a propostas, o coronel elevou o tom de voz com o jornalista e disse: “A minha proposta eu tô falando. Estou falando a minha proposta. Se a verdade doe meu irmão, sai daqui”.
Direcionado pelos organizados do debate, o mediador informou ao candidato que a comissão de ética havia decidido interromper seu discurso em função do comportamento de não respeitar as regras. Visivelmente incomodado, Ulysses gritou a conhecida frase de Jair Bolsonaro: “Deus, pátria, família. Brasil acima de tudo”.
Ao decidir sair do auditório, o candidato do PSL e seu grupo de apoiadores causou um verdadeiro tumulto. Devido os gritos em tom de intimidação, o organizador do debate solicitou o auxílio dos seguranças. “Todos os candidatos assinaram um termo de participação. Esse tipo de situação não contribui para o desenvolvimento de nosso estado. É lamentável”, disse o publicitário Rodrigo Pires.
Abordado pela imprensa quando saída do prédio da Fieac, o candidato criticou a iniciativa: “Foi mais um circo armado para beneficiar o candidato do PT [Marcus Alexandre]”, afirmou Coronel Ulysses, que na última pesquisa de intenção de votos para o governo do Acre apareceu com apenas 6,8%.
