Preso desde outubro de 2016, o ex-deputado Eduardo Cunha voltou às redes sociais nesta sexta-feira (17) para “reforçar posições, justificar sua situação e se posicionar no cenário eleitoral”. No texto, ele defende o direito de Lula ser candidato, busca votos para a filha, Danielle Cunha, candidata à deputada federal pelo MDB, e critica a Lava Jato.
Na “carta à nação brasileira”, divulgada pela equipe de Cunha, o ex-presidente da Câmara dos Deputados se diz vítima de uma perseguição por ter sido o responsável pelo impeachment de Dilma Rousseff. “Sou, assim como o ex-presidente Lula, um troféu político da República de Curitiba”, afirma.
Apesar de se colocar como “o maior adversário do PT e o principal responsável por sua queda”, ele diz que “Lula tem direito de ser candidato, pois quem deve julgá-lo é a população”.
“Lula deve ser cobrado e responder por sua irresponsabilidade de ter imposto ao país um poste sem luz, chamado Dilma Rousseff; que destruiu a economia e a política. O petista não deve ser eleito pelo custo que impôs ao povo com sua desastrada escolha, mas jamais impedido de disputar”, afirma.
O ex-deputado defende Henrique Meirelles, presidenciável do MDB, e faz críticas a um Congresso que será eleito “no pior dos modelos políticos, com voto individual, financiamento público e sem qualquer compromisso com a governabilidade”.
Cunha afirma que a sigla elegerá a maior bancada na Câmara e Senado, lançando o nome da filha mais velha, destacando-a como evangélica, empreendedora e capacitada.
“Ela é muito mais preparada do que eu. Os meus adversários podem aguardar que ela dará mais trabalho do que eu dei e defenderá tudo o que eu defendi, do interesse da nação e do povo evangélico, como o combate ao aborto, além das suas próprias propostas que debaterá na campanha”, diz.