Documentos entregues em tribunal indicam que suspeitos estavam a planear tiroteios em escolas norte-americanas.
Os dois homens acusados de manter em cativeiro as 11 crianças que foram encontradas no Novo México, na passada sexta-feira, poderiam estar a ensinar os menores a mexer em armas para levar a cabo ataques em escolas, de acordo com documentos judiciais citados pela Reuters.
Um dos acusados, Huraj Wahhaj, é o pai do menino cujos restos mortais foram encontrados na segunda-feira no mesmo local onde estava o grupo de crianças. Este menino estava dado como desaparecido há alguns meses.
Foram detidos Huraj Wahhaj, Lucas Morton, o segundo suspeito, e três mulheres que se acreditam serem as progenitoras das onze crianças, que têm idades compreendidas entre um ano e 15 anos.
Huraj Wahhaj, à esquerda na imagem, e Lucas Morton, à direita.© Reuters
Recorde-se que as crianças foram encontradas numa caravana, num local descrito como “imundo”, sem água, sem roupa e sem comida. A polícia falou num cenário “de terceiro mundo”.
A polícia encontrou, ainda, armas semiautomáticas AR14, quatro pistolas e várias munições.
Os agentes de autoridades terão descoberto o sítio onde se encontravam os menores após terem recebido uma mensagem de desespero, cuja proveniência não foi revelada: “Estamos a morrer de fome. Precisamos de comer e precisamos de água”.