Documentarista Emilia Mello, que também tem cidadania norte-americana, foi deportada para os EUA. Ela foi detida e liberada no sábado, ao lado de 19 nicaraguenses, quando filmava protestos contra o governo para um projeto audiovisual.
“A brasileira-estadunidense Emilia Mello relata que sofreu um longo interrogatório e maus-tratos psicológicos de parte das autoridades na Nicarágua. Ela foi deportada ontem à tarde em um voo que saiu para El Salvador. Seguiu para a Cidade do México e hoje irá para Nova York”, afirmou pelo Twitter nesta segunda-feira (27) o secretário-executivo da CIDH, Paulo Abrão.
A brasileira-estadunidense Emilia Mello relata que sofreu um longo interrogatório e maus tratos psicológicos de parte das autoridades na
#Nicaragua. Ela foi deportada ontem à tarde em um vôo que saiu para El Salvador. Seguiu para a Cidade do México e hoje irá para Nova Iorque.
A documentarista, que gravaria o protesto para um projeto audiovisual, foi detida e levada à prisão El Chipote, sede da Direção de Auxílio Judicial, de acordo com a Coordenadoria Universitária pela Democracia e a Justiça (CUDJ).Tanto a brasileira como os outros 19 nicaraguenses, entre eles dois documentaristas locais, foram liberados horas depois, da mesma forma que um médico e um advogado.
A CIDH exigiu no domingo que o Estado da Nicarágua respeite a liberdade de expressão e o direito ao protesto em meio à crise no país.
Desde abril, milhares de nicaraguenses saíram às ruas para protestar contra o presidente Daniel Ortega durante uma crise que já deixou entre 322 e 448 mortos, segundo organizações humanitárias internacionais e locais. O governo reconhece 198 mortes e denuncia uma tentativa de golpe de Estado.
Por Agencia EFE