Quem mora em Curitiba e está acostumado a pedir Uber pode ter o prazer de se deparar com a motorista Larissa Wichineski em uma corrida. Ela é travesti, parceira da empresa e premiada como uma das motoristas melhores avaliadas do aplicativo de transportes.
Na série “Por trás do nome”, Larissa conta que escondeu sua verdadeira identidade de gênero por muito tempo e que não conseguia se olhar no espelho. Até que em 2017, revelou dizer ao mundo que é travesti e enfrentou a transfobia em diversos setores.
“Quando perceberam que eu estava mudando, perdi a esposa. Apesar de ela reconhecer a minha essência, de me apoiar, ela não conseguia estar junto comigo naquele momento. Perdi a lógica que eu tinha de família, não consegui trabalhar mais como massoterapia”, conta.
Foi então que Larissa decidiu ir na Uber e tentar trabalhar como motorista parceira. Ela diz que teve uma surpresa positiva ao ser acolhida na empresa e que logo conseguiu na plataforma ter o seu nome social respeitado. “Em quatro meses como Larissa eu ganhei muito mais que como Leandro, em respeito, em reconhecimento”.
Sobre o trabalho, ela comemora os resultados positivos: “Fui premiada, uma travesti premiada na Uber! Isso me fez acordar para coisas boas. Escolher viver é a melhor escolha sempre”.
Fonte: N Lucon
