A guerra entre facções criminosas deixou cinco pessoas mortas e 10 feridas entre a manhã de sábado (7) e este domingo (8). Após uma série de ataques em Rio Branco, a Segurança Pública reforçou o policiamento com cerca de 150 policiais nas ruas. Os dados foram repassados pelo secretário de Segurança Pública, Vanderlei Thomas.
“Temos informações que 10 pessoas foram encaminhadas com ferimentos ao Pronto-Socorro. Trabalhamos inclusive que, embora trate de ataques de organizações, dentro dos feridos há pessoas que não têm nenhuma ligação com as organizações criminosas, ou seja, estavam em ambientes em que houve ataques dessas organizações e, infelizmente, foram vitimadas”, falou Thomas.
Apenas no período da tarde e início da noite deste sábado, sete pessoas ficaram feridas nos bairros Tancredo Neves, Oscar Passos – uma pessoa morreu no local do crime e duas encaminhadas em estado grave para o hospital – e Cidade do Povo. As vítimas da ação no Oscar Passos são Cleiton Oliveira da Silva Júnior, de 24 anos, e Ygor Werik de Lima Cavalcante, de 16 anos, que chegou a ser socorrido, mas morreu horas depois.
Três pessoas da mesma família foram atingidas a tiros por volta de 23h30 de sexta-feira (6). A ocorrência foi registrada na Rua Francisco Bacurau, na Cidade do Povo, no Segundo Distrito de Rio Branco. Uma das vítimas, o pedreiro e serralheiro Pedro Batista de Lima, de 50 anos, chegou a ser encaminhado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Um adolescente identificado como José de Oliveira Silva, de 16 anos, foi executado com mais de 20 tiros na manhã deste sábado. O crime ocorreu no Ramal São João Batista, BR-364 km 14, bairro Liberdade.
Uma mulher foi assassinada na manhã deste domingo (8), no bairro Recanto dos Buritis, região do Segundo Distrito de Rio Branco. A polícia informou que a ocorrência ainda está em andamento, mas adiantou que as equipes foram chamadas após moradores ouvirem três disparos e encontrarem a mulher caída na rua.
Reforço
Diante da situação, o secretário disse que convocou 150 policiais, das polícias Militar e Civil, para reforçar o policiamento ordinário nas ruas da capital acreana. Ele afirmou que acompanhou a situação com o comandante da PM-AC, coronel Marcos Kinpara.
“Tomamos uma decisão que acompanharemos e reforçar as ações diárias até que a gente consiga fazer um combate das organizações criminosas na altura que seja necessária para que a gente possa conseguir o retorno da sensação de segurança, que é o nosso grande objetivo”, complementou.
O secretário acrescentou que foram apreendidas armas, tanto na capital como no interior do Acre, e identificadas pessoas envolvidas nas mortes. Thomas falou também sobre os motivos que levaram as organizações a praticar diversos ataques.
“Essas organizações recebem comando. Nossa Inteligência está monitorando e, inclusive, evitando confrontos maiores. Estamos acompanhando as organizações criminosas, efetuadas prisões, transferência dentro do sistema penitenciário para a segurança máxima. Estamos trabalhando diuturnamente e não vamos dar trégua à criminalidade. A população pode ficar tranquila que no que depender das forças de segurança vamos fazer o combate à altura”, concluiu. As informações são do G1/Acre.