Familiares e amigos do adolescente alvejado com tiros no bairro Oscar Passos, em Rio Branco, Ygor Werik, 16 anos, estiveram nesta terça-feira (10), na sede do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), para pedir intervenção no caso. De acordo com o MPAC, a vítima não integra organização criminosa. O crime ocorreu no último sábado (7).
Na ocasião, eles estiveram no Centro de Atendimento ao Cidadão (CAC), onde protocolaram um documento com quase mil assinaturas, para que o MPAC intervenha na investigação.
Na segunda-feira, fizeram uma manifestação em frente ao Batalhão da Polícia Militar e, nesta terça, em frente à Casa Civil do Governo do Estado e no MPAC.
“Viemos com o intuito de pedir ajuda ao Ministério Público na investigação do assassinato de um aluno querido de nossa escola. Mais uma vítima da guerra de facções estendida a pessoas inocentes”, explica Giocondo Anute, tio da vítima.
No MPAC, foram recebidos pelo secretário-geral da instituição, promotor de Justiça Rodrigo Curti, que representou a procuradora-geral de Justiça, Kátia Rejane de Araújo Rodrigues, e pelo promotor de Justiça Teotônio Soares Júnior, com atribuição perante a 1ª Vara do Tribunal do Júri.
“Vocês vieram ao lugar certo. Para o MPAC, a vida não é banalizada, mas valorizada de forma indistinta, não importa o credo ou nível social. Temos, aqui, uma luta incansável, diuturna, para que situações como esta não voltem a ocorrer”, disse Rodrigo Curti.
O documento protocolado no MPAC foi repassado pelo secretário-geral ao promotor Teotônio Soares, que dará encaminhamento às demandas do caso. “Vamos acompanhar o inquérito instaurado pela Polícia Civil, visando dar celeridade à responsabilização dos culpados e elucidação do caso”, garante o promotor.
Entenda o caso
Ygor Werik foi morto a tiros em um bar na noite de sábado (7). O menor foi uma das vítimas do conflito entre facções que deixou cinco pessoas mortas e dez feridas no último fim de semana.
André Ricardo – Agência de Notícias do MPAC