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Agentes alertam que surto de escabiose pode causar morte de detentos em presídio do Acre

Foto/Cedida ao Ecos da Notícia

Detentos que cumprem pena no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro Alves, em Rio Branco, estão desde o início deste ano sendo acometidos por um surto de escabiose, popularmente conhecida como sarna humana. A escabiose é uma doença de pele contagiosa causada por um parasita, o ácaro Sarcoptes scabiei.


Ao Ecos da Notícia, agentes penitenciários informaram que a Secretaria de Estado de Saúde, assim como também a Secretaria de Segurança Pública, foram alertadas sobre a situação várias vezes, mas que até hoje nenhuma medida eficaz foi tomada para por fim ao problema. De acordo com um deles, praticamente toda a população carcerária foi contagiada.


“Isso não é de hoje, já fazem meses, desde o início do ano, e já se espalhou por todos os pavilhões. A Sesacre já foi alertada várias vezes, já informamos para a secretaria de segurança, pro Iapen (Instituto de Administração Penitenciária), mas nada fizeram. A situação é horrível, a mulheres são as que mais sofrem”, relata o agente que pediu para não ter o nome divulgado.


Na tentativa desesperada de amenizar os sintomas, os detentos acabam passando uma mistura de água quente com água sanitária nos ferimentos. Como não existe pomadas e medicamentos, os presos cujas famílias não possuem condições financeiras para bancar os remédios, acabam piorando o quadro da doença ao lavarem o corpo com a água tóxica.


Ainda conforme a agente, algumas mulheres do Pavilhão Feminino já desenvolveram ferimentos úlceras nas partes íntimas, e correm o risco inclusive de morrer. “Como não tem o medicamento, elas coçam muito, passam a noite reclamando e até choram pedindo ajuda. Algumas já estão bastante feridas. É triste a situação de algumas. A gente fica sem ter o que fazer”, lamenta.


A reportagem também procurou a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), que por meio de sua assessoria de comunicação, afirmou que a história é “fantasiosa”, e que é praticamente impossível que a situação tenha chegado neste ponto, uma vez que dentro do Complexo Penitenciário existe uma unidade de saúde onde os presos são atendidos.


“É meio fantasiosa essa história. Nós temos um posto de saúde lá, uma unidade com médico e enfermeiros, então é meio impossível que isso esteja acontecendo. A história que o pessoal não tem conseguido o medicamento é uma outra inverdade. Existe uma parceria da Secretaria de Saúde com o Iapen, uma parceria muito forte”, afirmou a assessoria em resposta aos questionamentos.


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