Gays, mulheres, negros, índios, quilombolas… A galeria ódios e preconceitos do presidenciável Jair Bolsonaro acaba de ganhar seu mais novo integrante: gordos. No última dia (6), o deputado, que é alvo de processos por falas racistas, falava em sabatina ao jornal “Correio Braziliense”, quando afirmou:
“Quando alguém faz uma besteira com um terceiro, ele será isolado pelos próprios colegas. Isso do politicamente correto é coisa dos radicais de esquerda. Eu sou uma das pessoas que mais sou atacado”, alegou. “Na escola, você é chamado de quatro olhos, gordinho mesmo. Mas, antes, o gordinho se defendia. E agora, todo gordinho está virando mariquinha. Se bem que tem muito gordinho machão aqui”, disse, dirigindo-se à plateia.
Sobre a área de segurança, Bolsonaro disse que o tema deve ser tratado com “radicalismo”. “Em algumas coisas tem que ser radical. Só temos uma vida”, disse. “Não vem com essa história de presídio cheio. Isso é um problema de quem cometeu o crime. Vou contar com a ajuda do coronel (Ney Oliveira) Müller. Tem que vir gente como ele (para o governo), não pode vir antropólogo para tratar essa questão grave e única entre nós” comentou.
Economia: antes defensor do papel do Estado, Bolsonaro passou a flertar com o liberalismo e a defender privatizações “em certos casos”. Perguntado se essa mudança não gera desconfiança, disse: “A desconfiança é natural, mas sou uma pessoa de palavra”. Questionado sobre quais seriam as empresas que privatizaria em um governo futuro, não deu resposta: “Vamos discutir isso em um momento oportuno”.
Com informações do Correio Braziliense