Decisão foi tomada pelas polícias, judiciário e Iapen. Os dois suspeitos confessaram o crime.
As equipes de Segurança decidiram transferir os dois suspeitos de matar o agente penitenciário Gilcir Silva Vieira, na última quarta-feira (30), para o presídio de segurança máxima Antônio Amaro.
De acordo com a Polícia Civil, a transferência ocorreu ainda na sexta-feira (1), um dia após Paulo Alves Barros, de 23 anos, e José Jeferson Alves serem presos durante a Operação Focus em Cruzeiro do Sul. Os dois confessaram o crime e devem aguardar julgamento no presídio da capital.
“Eles foram transferidos para Rio Branco e vão ficar no presídio de segurança máxima. Isso é para eles e toda a criminalidade sentirem que as polícias e os poderes públicos não vão dar trégua a criminalidade. Mandamos eles para lá para nunca mais atacar ninguém”, destacou o delegado de Polícia Civil Alexnaldo Batista.
A decisão foi tomada após as polícias Civil e Militar se reunirem com o poder judiciário e também Instituto Penitenciário do Acre (Iapen-AC).
“Toda a pena destes dois elementos serão cumpridas no presídio de segurança máxima. Não tem prazo para que eles voltem a Cruzeiro do Sul”, disse.
Tensão
Desde a morte do agente, um clima de tensão tem tomado o presídio Manoel Neri. Os agentes decretaram luto por sete dias e as visitas foram suspensas. A Ordem dos Advogados do Acre esteve na unidade junto com o poder judiciário e também o sindicato dos agentes na última sexta (1).
Do outro lado, os familiares reclamam e acusam os agentes penitenciários de espancarem os presos dentro da cadeia. A direção da unidade nega e diz que as denúncias precisam ser oficializadas. Fotos dos detentos passaram a circular neste sábado (2).
No dia da morte de Vieria, os presos iniciaram um motim, que foi contido e em seguida uma revista foi feita nas celas. Cerca de 100 armas artesanais foram encontradas – feita com pedaços de ferro da estrutura do presídio. Em nota, a direção informou que a quantidade de material era suficiente para iniciar uma “guerra” entre eles.
Além disso a direção retirou dos presos objetos como televisores, rádios e ventiladores – considerados como regalias.