O professor universitário David Hall, pré-candidato a governador do Acre pelo Partido Avante tem uma visão radical em relação a direita e a esquerda. Acha tudo isso um saco, essa política velha que domina o Acre há tempos. Por isso faz uma avaliação sobre seus concorrentes nada ortodoxa. Diz que vai concorrer com pessoas viciadas no poder e contra meninos mimados, acostumados a riqueza. Veja o que ele disse sobre cada concorrente ao Governo do Estado:
Sobre Marcus Alexandre, do PT
David Hall – Uma hora as máscaras caem. Esse rapaz paga de bom moço com a sua tática populista de estar nos bairros de manhã cedo. Por exemplo: quando tem alagação ele calça o sete léguas e vai pousar para as fotos à custa das desgraças alheias, mas todo mundo sabe que ele não se manda. Tudo o que faz depende da benção dos Viana (Tião Viana, governador, e Jorge Viana, senador).
Sobre Gladson Cameli, do PP
David Hall – Quer ser governador para quê? Tem poder, tem dinheiro, o que ele quer mais? Não me venha com o conto da carochinha de que ele quer cuidar do povo que eu não engulo. Por que ele não fez isso ao longo desse mandato de senador? Alguém já calculou o prejuízo que ele causa aos cofres públicos?
Sobre o coronel Ulysses Araujo, do PSL
David Hall – À espera de um milagre. Acredita que vai decolar surfando na onda do Bolsonaro. Coitado! Não falaram para, ainda, que o “mito” é aoebas fruto da imaginação?
Sobre Lira Xapuri, do PRTB
David Hall – Quem dá mais? Quando chegar o segundo turno, quem der a maior oferta leva o rapazinho.
Sobre Janaina Furtado, do Rede Sustentabildiade
David Hall – Só estratégia eleitoreira. Pretende se projetar para disputar as eleições para a prefeitura da Tarauacá em 2020.
Crítica a situação do Acre e do País
David Hall – Peço desculpas se minhas palavras podem soar demasiadamente ácidas, quem me conhece sabe que a serenidade é uma característica notória de minha personalidade, no entanto acredito que existem motivos mais do que suficientes para causar em todo brasileiro e, em especial ao acriano, um sentimento de indignação com relação a essa classe política. Diminuição do horário de atendimento da OCA, das delegacias, aumento da passagem de ônibus, aumento da gasolina, ineficácia do governo diante do crime organizado, esse é o legado que o governo do PT nos deixa e com a petulância de se propor a querer permanecer no poder. Por outro lado, nós também não podemos incorrer no erro de acreditar em salvadores da pátria, que proferem frases de efeito com soluções simplórias para a complexidade da crise que enfrentamos. A política não é espaço para santos, não existe isso em nenhuma esfera da vida e eu jamais me colocaria nessa condição, sou o que sou: humano, demasiado humano. Quero acreditar que ainda tenho um longo caminho a percorrer, porém se até aqui eu já tiver contribuído para a mudança de perspectiva daqueles que sonham com dias melhores, então já é um avanço. É claro que precisamos avançar muito mais, afinal de contas é aqui onde nós criaremos os nossos filhos e é por nós e por eles que devemos criar as condições para que a política seja um espaço a ser ocupado por pessoas sérias, íntegras, incapazes de sobrepor os interesses particulares em detrimento do interesse público.