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Mutirão quer fazer 600 cirurgias em seis cidades do Acre e zerar filas de espera

Laçamento do mutirão ocorreu nesta sexta-feira (1º) em Senador Guiomard. Pacientes esperam até quatro anos por cirurgia.


Com pacientes nas filas há cerca de 4 anos, o governo lançou, na sexta-feira (1), o mutirão de cirurgias de vesícula e hérnia, que deve atender 600 pacientes em seis cidades do Acre e zerar a fila de espera.


O lançamento da campanha foi no Hospital Doutor Ary Rodrigues, em Senador Guiomard, uma das cidades contempladas com o mutirão.


Há dez anos, a aposentada Erotildes Silva sofre com dores na vesícula e há três espera por uma vaga na fila do SUS para a cirurgia.


“São muitas dores que sinto e eu passo mal, desmaio de dor, também dá muito vômito. É horrível, é uma dor que parece que agente vai morrer”, relata.


O mutirão contempla os municípios de Rio Branco, Senador Guiomard, Plácido de Casto, Capixaba, Acrelândia e Brasiléia. As 600 cirurgias devem ser feitas até o final de julho.


O autônomo José Vieria também sofre com dores e também aguarda há um tempo a cirurgia. “A dificuldade é grande, porque a demanda é grande, é muita gente. E agora tem que agarrar essa oportunidade com unhas e dentes”, enfatiza.


As pessoas que estavam com os exames em mãos conseguiram agendar o procedimento para segunda-feira (4), mas aqueles que estão com eles vencidos devem refazê-los e remarcar.


“É um programa do Ministério da Saúde, que foi absorvido pelo governo do estado, que oferece essa possibilidade. Em contrapartida, o Estado arca com 70% desse mutirão”, explica o secretário de Saúde, Rui Arruda.


Na fila há quatro anos à espera da cirurgia, a aposentada Maria Adelaide conta que vai ter que refazer os exames antes de marcar a cirurgia.


“Quatro anos que estou esperando. Então é faz exame, vence exame. Me chamam pra fazer exame de novo, apresento tudo e não marcam, agora estou aqui de novo para fazer exame”, reclama.


Dora Lima, da Central de Regularização de Exames, garante que esses pacientes, cujo os exames estão vencidos devem ser atendido ainda até o final de julho. O objetivo é desafogar essas filas. “A central de regulação entrará em contato com esse paciente para agendar a cirurgia dentro desse período do mutirão”, destaca.


O secretário de Saúde diz ainda que está confiante em que as filas de espera sejam esvaziadas após o mutirão. “Vamos fechar esse processo agora, prestar conta com o Ministério e dar continuidade até o fim do ano para a gente eliminar as filas de espera das cirurgias”, garante.


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