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Mulher agredida pelo Bope é liberada e coronel da PM repudia ação violenta

O juiz Alesson Braz determinou que a mulher que aparece em um vídeo sendo torturada e agredida por policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) fosse liberada por não haver indícios que comprovem sua participação no crime de tráfico de drogas, ao qual era acusada. Já o marido, que também foi agredido, foi conduzido ao presídio Francisco d’Oliveira Conde (FOC).


O vídeo divulgado nas redes sociais foi gravado durante uma ação do Bope na última quinta-feira (28) no bairro Montanhês, em Rio Branco. Na abordagem, aos fundos de um quintal, os policiais algemaram um casal e iniciaram uma sessão de tortura. A mulher foi agredida com tapas no rosto e murros no estômago. O homem também foi agredido com socos, chutes e várias pauladas pelo corpo.


Veja o vídeo:



Na sexta-feira (29), durante discurso no 1º Fórum de Debates sobre Segurança Pública da Assembleia Legislativa, o coronel Atahualpa Ribeira, da Polícia Militar do Acre (PM/AC), repudiou o comportamento inadequado dos colegas de farda e afirmou que os bons policiais não concordam com o que é errado. Ribeira também esclareceu que os policiais militares são defensores dos Direitos Humanos.


“A PM, nunca, jamais se coaguna com aquilo que é errado. Nós somos defensores de Direitos Humanos, agimos na preservação e na integração de todos os direitos de casa cidadão”, disse o coronel que além disso listou as dificuldades que os militares enfrentam diariamente para atuarem no policiamento ostensivo.


Tanto os suspeitos agredidos, como também os policiais envolvidos no caso não tiveram os nomes divulgados. A corregedoria da PM ainda não fez nenhum posicionamento. O ouvidor da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, Valdecir Nicácio, defende que os policiais flagrados no vídeo torturando os dois jovens sejam presos. “Eu vou pedir a prisão dos policiais porque é muito grave”, disse.


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