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Ministério Público do AC quer anular júri que inocentou carcereiro acusado de fornecer armas para presos

Órgão quer que agente penitenciário Leandro Gomes seja julgado novamente. Defesa diz que vai recorrer da decisão do MP.


O Ministério Público do Acre (MP-AC) entrou com um pedido de apelação para que o agente penitenciário Leandro Ferreira Gomes passe por um novo julgamento. Gomes foi absolvido em júri popular, realizado em março desse ano, da acusação de fornecer armas para presos durante uma rebelião no Presídio Francisco d’Oliveira Conde (FOC), em Rio Branco. O G1 tentou falar com o MP, mas o órgão ainda não deu retorno até a publicação dessa reportagem.


O julgamento ocorreu na 2ª Vara do Tribunal do Júri do Acre, na Cidade da Justiça. Em outubro de 2016, presos dos pavilhões J, K e L se rebelaram e quatro pessoas foram mortas, além de 20 feridos. Na época, a Segurança Pública do Acre informou que dois agentes penitenciários haviam sido presos sob suspeita de fornecer armas para os presos.


O advogado de defesa de Gomes, Wellington Silva, falou que vai recorrer da decisão do MP. Segundo ele, a tese do órgão para apelar do resultado foi que a decisão dos jurados foi contrária a dos autos. Para Silva, a tese do órgão é fraca.


“Deve haver uma notória, distanciamento ou contradição entre a decisão dos jurados e as provas apresentadas em juízo. Parece uma decisão desesperada do MP do que de fato uma tese sustentada. Todos os réus foram absolvidos, sendo que dois foram absolvidos por falta de materialidade dos fatos. É argumento fraco. Vamos apresentar recurso e com certeza vai prevalecer a decisão dos jurados”, complementou.


‘Não sou bandido’, diz agente

Gomes era acusado também de tentativa de homicídio contra três presos. Ao G1, o servidor público contou, nesta terça (5), que não concorda com o posicionamento do órgão. Ele lembrou ainda que o júri foi unânime ao decidir pela absolvição dele.


“O MP apelou na qual fala que a decisão do júri foi contrária às provas apresentadas. Mas, as provas foram totalmente postas e o júri deu a decisão correta. Os presos que estavam comigo falaram que nem me vira e nem tiveram contato comigo”, contou.


O servidor relembrou também que o aparelho celular dele passou por perícia e também não foi encontrada prova que o incriminasse. “Estava há mais de seis anos usando o mesmo número e não encontraram nada. Não fiz nada, fiquei muito triste com a decisão do MP. Só quero ter paz. Por que não deixam a decisão ser cumprida? Não existe nenhuma prova de materialidade contra mim”, lamentou.


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