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Menino de 6 anos é estuprado dentro de escola, denunciam pais do garoto

Os suspeitos do crime são funcionários do estabelecimento de ensino. A dupla foi presa e o Conselho Tutelar acionado

denúncia dos pais de um menino de 6 anos que foi supostamente estuprado dentro de uma escola em Itapajé, no Ceará, ajudou a polícia a prender dois suspeitos de cometerem o crime. A dupla teria abusado sexualmente da criança quatro vezes. A vítima contou à mãe que sentia fortes dores, mas demorou para revelar o que havia acontecido. A prisão ocorreu na quarta-feira (6).

“Eu perguntava se ele tinha certeza que nada tinha acontecido, e ele sempre respondendo que não. Quando foi mais tarde, a minha outra filha já dormindo, eu disse para ele: ‘a sua mãe é sua amiga, a mamãe sempre vai te proteger, você pode confiar na mamãe’. Aí ele me abraçou nesse momento e começou a chorar. Eu disse que ele não precisava voltar pra escolar se fosse o caso, aí ele começou a me relatar o que aconteceu, que o tio do colégio tinha feito uma coisa errada com ele”, relembrou a mãe, que preferiu não se identificar.


Após descobrir o caso, a mãe acionou o Conselho Tutelar. O garoto conversou com conselheiros e revelou que foi agredido no início da aula, na hora do recreio e uma vez no fim da aula. “Ele gritava, pedia socorro, mas os homens falavam que se ele gritasse iriam matá-lo, que tinham a placa do meu carro, iam me sequestrar e colocar veneno em mim”, contou a mulher.


Criança reconhece suspeitos


Por meio de fotos, o estudante reconheceu os suspeitos. O menino foi submetido a exames durane um período de três dias. “Ele disse que não podia fechar os olhos porque tinha pesadelo. Ele está na base de calmante e não quer dormir, começa a me chutar, está mais agitado e ele não é desse tipo. A minha outra filha não quer ir para a escola. Ela chora muito, não quer ver ninguém, está com muita dor pelo irmão”, disse a mãe da vítima.


Outras vítimas


A hipótese de que outras crianças tenham sido vítimas dos mesmos agressores não é descartada, segundo o advogado da família, Jarbas Alves. De acordo com ele, a polícia investiga se os homens abusaram de outros alunos. “É um crime hediondo porque a vítima é uma criança. Nesse tipo de crime, a regra é dura: não cabe fiança e nem tem liberdade provisória. Pela lei, eles vão ficar aguardando presos até o julgamento”, explicou Alves.


A escola, acrescentou o adovgado, também pode ser responsabilizada pelo crime. “É um espaço que tem que dar atenção, proteção e segurança às crianças. E foram empregados desse estabelecimento educacional”.


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