Jovem de 24 anos é encontrada morta dentro de casa em Senador Guiomard

Jéssica era formada e tinha se casado recentemente/Foto: Arquivo Pessoal

A jovem Adrijéssica Hamaguchi, 24 anos, foi encontrada morta na manhã desta terça-feira (26), na casa em que morava com a família no município de Senador Guiomard, no interior do Acre. Devido as circunstâncias de como o corpo foi encontrado, amigos, parentes e a polícia acreditam que ela tenha cometido suicídio.


Jéssica, como era chamada, era casada com o filho de um empresário da cidade, e era bastante conhecida. Segundo amigos próximos, a jovem sofria de depressão, e desde a morte do avô em agosto de 2016 a doença a fez ficar muito fragilizada. Nas redes sociais várias pessoas lamentaram a morte da jovem.


“Dói saber que vc se foi, estávamos lembrando de quando eu morei aí no Quinari, você me falando como vc estava. Uma menina que lutou tanto , sorria para todos e chorava por dentro para não mostrar a suas dores”, comentou uma das amigas de Jéssica no Facebook.


Um equipe do Instituto Médico Legal (IML) foi deslocada de Rio Branco para recolher o corpo que foi levado à sede da instituição, onde após os procedimentos necessários será liberado para velório e sepultamento.


PREVENÇÃO


Diversos fatores podem impedir a detecção precoce e, consequentemente, a prevenção do suicídio. O estigma e o tabu relacionados ao assunto são aspectos importantes. Durante séculos, por razões religiosas, morais e culturais, o suicídio foi considerado um grande “pecado”, talvez o pior deles. Por esta razão, ainda existe o medo e a vergonha de se falar abertamente sobre esse problema com os amigos ou até mesmo com a família.


No Hospital de Urgência e Emergência (Huerb), existe uma equipe de profissionais que identifica os pacientes que dão entrada na unidade por tentativa ou indução ao suicídio. Internações e acompanhamento familiar fazem parte do atendimento. O núcleo funciona 24 horas por dia.


“O suicídio atualmente é considerado uma epidemia silenciosa. É como se fosse invisível, ainda por questões de tabu. Qualquer ameaça ou tentativa de suicídio deve ser levada a sério. Se for ignorada, uma vida pode ser perdida”, afirma a psicóloga Andreia Vilas Boas, atual coordenadora do Núcleo de Prevenção ao Suicídio.


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