Kethely Katrinny morreu após comer do bolo feito pela mãe em Manoel Urbano. Kelly Melo de Almeida negou que tenha colocado entorpecentes no bolo.
Em novo depoimento à Polícia Civil do Acre, a mãe da pequena Kethely Katrinny, que morreu após comer um bolo, Kelly Melo de Almeida, de 19 anos, culpou o atendimento médico pela morte da filha. A informação foi repassada pelo delegado responsável pelo caso, Samuel Mendes.
O bolo que a menina comeu antes de morrer tinha entorpecentes. O laudo com resultados dos materiais coletados dos adolescentes e da menina saiu na terça (15).
Kethelly morreu no último dia 25 no hospital de Manoel Urbano. A mãe fez um bolo para levar para o marido, que está preso no presídio de Sena Madureira, cidade vizinha, segundo contou um parente ao G1.
A criança puxou uma cadeira, subiu na mesa e comeu a sobremesa. Outros dois adolescentes também comeram e passaram mal. Eles ficaram internados e foram liberados dias depois.
“Negou que era para fornecer para alguém. Quis atribuir mais para uma omissão médica no atendimento. Mas, não explicou como essa substância entorpecente foi aparecer no organismo da criança”, explicou o delegado.
A gerente-geral da Unidade Mista de Saúde de Manoel Urbano, Clairta Mendes, informou que todos os procedimentos foram tomados para salvar a menina, inclusive regulação.
Em matéria publicada no G1, no dia da morte, o médico que atendeu a Julio Andres Antezana, contou que ela havia chegado com sintomas de intoxicação. Ele contou que a menina chegou com vômito, dores fortes abdominais e sonolenta e todos os procedimentos foram tomados.
Ainda segundo o delegado, o inquérito deve ser concluído e encaminhado para o Judiciário na próxima semana. Ele confirmou que a mãe deve ser indiciada por três crimes, entre eles homicídio culposo e lesão corporal.
“Ela fala que em momento algum, embora o laudo médico conste, colocou algum tipo de substância entorpecente no bolo. Diz que é usuária, mas que desde a morte da filha parou de usar drogas”, ressaltou.
Mendes contou também que Kelly negou que levaria o bolo para o presídio. Segundo ela, a sobremesa era para um lanche para ser consumido pelos moradores da casa dela. “Foi feita uma pesquisa e a carteira dela estava suspensa, mas isso foi anterior [a morte da criança]”, concluiu.
O G1 procurou por diversas vezes a mãe da menina, mas ela se nega a falar sobre o caso.