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Advogado que gravou vídeo armado e assumindo ser de facção é absolvido: ‘não passou de exibicionismo’, diz defesa

Manoel Elivaldo Júnior estava em liberdade provisória desde fevereiro deste ano. Defesa diz que não ficou comprovado que advogado tinha ligação com organizações criminosas.


O advogado Manoel Elivaldo Júnior foi absolvido pela Justiça do Acre por associação a grupo criminoso. Ele estava em liberdade provisória e usava tornozeleira eletrônica desde fevereiro deste ano.


Júnior foi preso preventivamente em novembro do ano passado após dois vídeos dele circularem na internet, um onde apareceu com uma submetralhadora e em outro afirmando ser membro de facção criminosa.


“Graças a Deus, o juiz verificou realmente que naqueles vídeos, ele não queria dizer que era de facção. Foi verificado todos os materiais dele que foram apreendidos e não houve nenhuma comprovação que ele tivesse qualquer vínculo com grupo criminoso. No caso, não passou de exibicionismo”, disse Helane Christina, responsável pela defesa nesta quinta-feira (31).


Conforme Helane, os vídeos gravados por Júnior foram enviados para a ex-mulher dele, que na época estavam em crise. Além disso, o advogado estava passando por problema psicológico, segundo a defesa.


“Quanto à arma, ele comprovou que era um simulacro, que foi comprado por R$ 1 mil e não era uma arma de verdade. Nem o delegado, nem o Ministério Público conseguiram provar. Fizeram uma acusação que não foi comprovada”, afirmou Helane.


O juiz Raimundo Nonato decidiu absolver o advogado e revogou as medidas cautelares que haviam sido estabelecidas anteriormente. Foi determinada ainda a retirada “imediata” da tornozeleira eletrônica.


Após a prisão do advogado, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AC) abriu processo http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativo, e Júnior teve o registro profissional suspenso.


O advogado foi denunciado, no dia 18 de dezembro, pelo Grupo de Atuação Especial ao Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Acre (MP-AC).


A denúncia, apresentada pelos promotores de Justiça Bernardo Albano e Ildon Maximiano, acusava o advogado de promover, dar suporte financeiro, participar de facção criminosa, e ainda pelo porte de arma.


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