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Terceirizados da fábrica de preservativos no interior do Acre estão sem receber há cinco meses, aponta denúncia

Trabalhadores também alegam que não tiveram FGTS depositado há ao menos um ano. Ao G1, servidores dizem que vivem de ajuda de familiares.


Trabalhadores terceirizados denunciam o atraso de cinco meses no pagamento de salários na fábrica de preservativos Nátex, no município de Xapuri. Os funcionários afirmam que não recebem desde dezembro de 2017 e que não há nenhuma previsão do repasse salarial.


Os atrasos, segundo eles, são recorrentes e a Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac) não está fazendo o repasse dos valores à empresa contratada. O G1 tentou contato com a Funtac, mas não obteve retorno até esta publicação.


Erivan Rodrigues conta que trabalha na fábrica há 1 ano e 2 meses e diz que, além do pagamento também não teve, nesse período, nenhum valor depositado no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O problema, segundo ele, também foi relatado por outros trabalhadores.


“Sempre atrasava um ou dois meses, o pagamento nunca foi regular, nunca pagaram em dia. Na tentativa de pressionar a Funtac, a empresa deu aviso prévio para todo mundo. Decidi que depois do aviso eu não vou mais voltar, mas agora não sei se vou conseguir receber os meses atrasados e a rescisão”, lamenta.


Outro funcionário, que preferiu não ser identificado, diz que está vivendo como se fosse desempregado. Os familiares fizeram empréstimos para ajudar e as contas estão acumuladas. O aviso prévio dado aos funcionários, segundo ele, já encerrou no último dia 29 de abril.


“A pior parte é que não temos satisfação nenhuma, ninguém fala nada. Travou tudo, tá difícil para pagar as contas, alimentação, até a conta de luz é difícil pagar. A gente não tá nem vivendo, é praticamente desempregado já. O aviso prévio acabou, mas continuamos com a carteira assinada”, relata.


Sem salário, um outro funcionário, que também não quis ser identificado, diz que a situação piora a cada mês e afirma que nunca receberam em dia. Antes dos cinco meses sem pagamento, ele conta que já chegou a ficar três meses sem receber.


“Não tem previsão de pagamento. Nada. Eles não estão nem aí para a situação. Somados, alguns salários chegam a beirar R$ 6 mil juntando todos os atrasos. Como trabalho com informática eu fico fazendo bicos e é isso que está me segurando”, finaliza.


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