Júri popular ocorreu na quinta-feira (24) em Capixaba e durou cerca de 15 horas. Cada policial foi condenado a 13 anos e 6 meses inicialmente em regime fechado.
Os quatro policiais militares acusados de matar o técnico em radiologia Magdiel Wellingthon Chaves Victuri, de 24 anos, foram condenados a 13 anos e seis meses de prisão cada em regime inicial fechado. O júri popular ocorreu na quinta-feira (24), na Vara Criminal da Comarca de Capixaba, no interior do Acre.
Abalada, a mãe da vítima, a autônoma Jacira Chaves Victuri disse que não estava em condições de falar sobre o caso.
A informação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça do estado (TJ-AC) nesta sexta-feira (25). Os policiais também perderam os cargos públicos. Conforme a Justiça, eles vão poder recorrer em liberdade.
“Foi demonstrado que os réus agiram com violência demasiada, produzindo o resultado morte, decorrente do traumatismo craniano gerado pelos chutes que sofreu na região da cabeça. (…) É fato que os policiais no exercício da profissão e até fora dela arriscam, cotidiamente, sua vidas”, pontuou a juíza Louise Santana.
O sargento José Lopes Pereira e os cabos Jocélio de Souza Brito, José Andrias de Araújo Pereira e Anderson Roberto Abreu Pinho foram condenados pelo crime de homicídio. O júri popular durou 15 horas e quatro testemunhas foram ouvidas.
Chaves morreu no dia 23 de abril de 2014 após uma perseguição policial em Capixaba. A família afirma que o técnico em radiologia foi espancado dentro de casa no bairro Quixadá Amorim, onde a família morava.
A vítima, segundo a família, bebia com um vizinho em frente à casa onde moravam. Ainda de acordo com a família, Chaves saiu para consertar a bateria do carro e acabou sendo perseguido pela polícia, porque estava dirigindo o veículo com habilitação vencida.
O homem chegou a ser encaminhado para o hospital, mas não resistiu. A família disse ao G1, em abril de 2014, que os laudos da morte apontaram agressões físicas.
Os policiais acusados foram presos preventivamente em junho de 2014 e tiveram uma habeas corpus negado pela Justiça do Acre. Porém, atualmente estão soltos e vivendo normalmente, segundo a mãe da vítima.
A família também acusa os PMs de omissão de socorro e relatou que após a ação os policiais colocaram Chaves na carroceria da viatura somente quando os moradores começaram e filmar a cena.