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Presos que fugiram da cadeia estão envolvidos em pelos menos duas execuções nesta quinta (10), diz polícia

Presos fugiram, no último dia 6, escalando a muralha do FOC. Acre registrou cinco assassinatos em menos de seis horas.


Presos que fugiram escalando a muralha do Complexo Penitenciário Francisco d’Oliveira Conde (FOC), em Rio Branco, no último domingo (6), são investigados em, pelo menos, duas mortes ocorridas nesta quinta-feira (10).


Segundo a polícia, as vítimas dos detentos são Breno Pereira dos Santos e Alexandre dos Santos Pereira, ambos de 21 anos.


As vítimas andavam de bicicleta com Diego de Lima Vasconcelos, quando os criminosos chegaram e atiraram nos amigos. Breno dos Santos morreu no local, e Alexandre Pereira faleceu durante antedimento no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb).


Vasconcelos, que era monitorado por uma tornozeleira eletrônica, foi atingido nas mãos. Ele foi preso no hospital após a polícia descobrir que havia um mandado de prisão contra ele.


Em menos de seis horas, cinco pessoas foram mortas no Acre. Destas, quatro eram moradoras de Rio Branco. O outro crime ocorreu em Sena Madureira, interior do estado.


O adolescente Smaley Vasconcelos Antrobos Júnior, de 14 anos, estava em frente de casa, no Canaã, na capital acreana, quando foi baleado e morreu minutos depois. Uma criança e a mãe dela também foram atingidas pelos disparos.


No Conjunto Habitacional Cidade do Povo houve outra vítima. Jeferson Santos do Nascimento, de 21 anos, andava na rua com o filho no colo, a mulher e a mãe ao lado. Um homem chegou de bicicleta e atirou várias vezes contra Nascimento. Segundo a polícia, por pouco a criança não foi baleada também.


“Infelizmente já estávamos tendo situações de disparos em locais de venda de entorpecentes e também rumores de toque de recolher. Com a fuga de presidiários nos últimos meses, voltou a rivalidade entre facções e já apurávamos essas intimidações”, explicou o coordenador da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHHP), delegado Rêmulo Diniz.


Sem efetivo suficiente

Diniz criticou ainda a atual situação da polícia. Segundo ele, o efetivo disponibilizado é insuficiente para agir, de forma rápida, em todos os casos. O coordenador acrescentou que em, pelos menos, dois casos a autoria dos crimes já está elucidada.


“Não temos, com o efetivo que temos hoje, capacidade de chegar e dar resposta que a sociedade precisa. Os criminosos estão andando pela cidade armados, com motos e carros roubados, e praticando esses crimes. A Polícia Civil vai ter que correr atrás disso, e sabendo das dificuldades de conseguir as testemunhas [para ajudar nas investigações]. Esperamos repreender essas pessoas que deveriam estar presa”, concluiu.


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