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Prefeitura da Capital não vai comentar provável aumento na passagem de ônibus


O reajuste na tarifa de transporte coletivo de Rio Branco deve ser votado em non máximo 20 dias. A proposta das empresas é que o serviço passe a custa R$ 4,55 por rodagem da catraca, e o valor pode também impactar na tarifa especial para os alunos, que há alguns anos está em R$ 1,00.


Apesar de no ano passado cobradores terem sido demitidos, e as empresas terem sido anistiadas do pagamento de tributos devidos aos cofres do município, o quadro não fui suficiente para uma apresentação de planilha que mantivesse o valor atual da tarifa para este ano.


Um membro do conselho, que pede sigilo com o nome dele, diz que já há tratativas para que, sendo de fato mantido o pedido dos R$ 4,55, o Conselho de Transportes [o Tarifário], encaminhe por manter o valor em R$ 4,00, valor que, como ele diz, já seria suficiente para agradar empresas e prefeitura, evitando maior desgaste.


“Já há algumas conversas de bastidores sobre isso: que a passagem passa a ser de R$ 4,00, e a prefeita deve sancionar isso, mas é preciso aguardar um levantamento da Rbtrans, onde tem um setor que analisa e monta uma espécie de contraproposta. Como tem eleição, e no ano passado já teve desgaste, eles não querem problemas esse ano de novo”, comenta.


Procurada para comentar o pedido de aumento, a prefeita Socorro Neti (PSB) preferiu manter o silêncio, pelo menos até que a Superintendência de Transportes e Trânsito (Rbtrans) finalize o estudo que faz diante do pedido da empresa. Além disso, a Prefeitura de Rio Branco informou que não há previsão para abrir edital que possibilite novas empresas a atuarem na Capital.


“A Câmara Técnica do Conselho já iniciou e tem até 15 dias para analisar os custos do transporte coletivo da capital. O Conselho tem 10 dias para se pronunciar sobre o valor da tarifa. Cumpridas todas essas etapas e, somente após a decisão do Conselho, caberá ao executivo municipal se posicionar e, com a devidas justificativas, decidir pelo veto ou alteração do valor”, diz nota encaminhada ao ac24horas.


Com três filhos estudando, a empregada doméstica Maria de Fátima Borges, de 43 anos, diz temer que com o aumento da tarifa, os filhos tenham que estudar perto de casa porque não podem pagar o valor cobrado. Ela diz que gasta em torno de 100 mensalmente com as passagens, e que sem o valor vigente, ficaria difícil mantê-los na escola.


“A gente fica muito preocupada. Eles não estudam aqui perto porque as facções tomam conta, e levam esses meninos, e tenho medo. Coloquei eles em uma escola no centro e pra lá precisa do ônibus, mas não sei como vai ser caso aumente, Se passar desse R$ 1,00, não sei o que fazer, porque não posso pagar”, revela.


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