Movimento iniciado na quarta-feira (23) se concentra em pontos das Brs 364, 317 e na entrada da Estrada Transacreana.
A paralisação dos caminhoneiros chega ao sexto dia nesta terça-feira (29) no Acre e três pontos das BRs 364, 317 e entrada da Estrada Transacreana continuam com manifestantes. Devido à greve, as escolas públicas estaduais e municipais tiveram que alterar o cardápio por falta de verduras e frango.
A informação foi confirmada pelo secretário de Educação Estadual, Marcos Brandão, e pela prefeitura de Rio Branco. As aulas em todas as escolas da rede pública do estado e da capital seguem normalizadas, porém o lanche precisou ser alterado.
Conforme Sindicato dos Caminhoneiros e Máquinas Pesadas, cerca de 70 manifestantes continuam com os carros parados em terrenos próximos a rodovias.
Eles continuam impedindo a passagem de cargas, somente carro de passeio e caminhões com carga viva e perecível estão sendo liberados.
A Polícia Rodoviária Federal no Acre (PRF-AC) informou que deve fazer novas escoltas de carros que estão bloqueados nas rodovias.
Na segunda-feira (28), o grupo de caminhoneiros em greve voltou a interditar totalmente a BR-364 durante um protesto. Os grevistas queimaram pneus ao longo da pista permitindo a passagem apenas de motocicletas.
No domingo (27), a PRF-AC fez um acordo com os caminhoneiros que liberaram carretas de combustíveis, gás e produtos perecíveis. Os veículos foram escoltados até o local onde os produtos foram descarregados.
Caminhoneiros descarregaram o estoque de gás na base em Rio Branco, na segunda, e foram escoltados até a entrada de Porto Velho (RO) pela PRF-AC.
O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros, Júlio Farias, disse que o protesto foi motivado após a Polícia Rodoviária Federal (PRF-AC) pedir a liberação total das cargas. Farias afirmou que, apesar de muitos colegas já terem deixado o movimento, a paralisação continua por parte de autônomos.
A redução de caminhoneiros no protesto começou após a decisão do presidente Michel Temer de reduzir o diesel por 60 dias e atender outras reivindicações da categoria.
Postos de combustíveis
O Sindicato dos Revendedores de Derivados de Petróleo do Acre (Sindepac) informou que todos os postos da capital foram reabastecidos. Conforme o sindicato, apesar da crise no abastecimento, havia combustível em alguns postos da cidade. A oferta chegou a reduzir “consideravelmente”, mas não houve desabastecimento total.
O Sindepac desconhece ponto de revenda que esteja no momento sem combustível. De acordo com o sindicato, a situação está normalizada em relação a gasolina, mas alguns postos estão sem etanol. A expectativa é que até quarta-feira (30) normalize o reabastecimento desse item.
“Nem todos os revendedores trabalham com a oferta do produto e a falta de etanol é pouco sentida porque a maioria dos consumidores usa gasolina. O combustível que chega no Acre é retirado das bases de Rondônia. Essas unidades estão abertas e os caminhões estão podendo abastecer normalmente”, afirmou o sindicato.
Alimentos, segurança, transporte e saúde
O diretor da Central de Abastecimento da capital acreana (Ceasa), Janderson Rodrigues, afirmou que produtos como batata, tomate, banana prata e frutas importadas começaram a reduzir nos estoques.
A Superintendência de Transportes de Rio Branco (RBTrans). Conforme o órgão, informou que toda a frota está atuando normalmente nesta terça.
A Secretaria de Segurança Pública do Acre (Sesp-AC), também afirmou que os serviços não foram afetados e seguem com as operações.
O mesmo foi informado pela Sesacre. De acordo com o órgão, os hospitais seguem funcionando normalmente. A secretaria já estabeleceu medidas preventivas junto ao Governo do Acre para evitar qualquer desabastecimento.
As empresas aéreas Latam e Gol informaram que nenhum voo foi cancelado nesta terça nos aeroportos do Acre.