Audiência de instrução foi marcada para o dia 18 de junho no Tribunal do Júri. André Martins confessou e contou detalhes do crime bárbaro contra Débora Bessa, de 19 anos.
A Justiça marcou, para o próximo dia 18, a primeira audiência de instrução no processo que apura a morte da jovem Débora Bessa, de 19 anos, em janeiro deste ano. André de Souza Martins, de 28 anos, afirmou que matou a jovem por vingança.
Um vídeo bárbaro em que Débora aparece sendo decapitada enquanto ainda estava viva foi usado pela polícia para identificar a autoria do crime. O vídeo vazou em grupos de WhatsApp e acabou viralizando.
Conforme a Justiça, cerca de oito pessoas devem ser ouvidas durante a primeira audiência, que está marcada para as 8h no Tribunal do Júri, em Rio Branco. O réu está preso preventivamente no Presídio Francisco d’Oliveira Conde.
Débora estava desaparecida desde o dia 9 de janeiro e foi encontrada pela família no dia 13 de janeiro em uma região de mata no bairro Caladinho, em Rio Branco.
A irmã da vítima, a secretária Sarah Freitas Bessa, de 21 anos, e outros parentes faziam buscas por conta própria e acabaram encontrando o corpo da jovem.
Sarah disse que a família foi informada da audiência e que a expectativa é que a Justiça seja feita. “Esperamos que seja condenado e que ele pague o que fez e por muito tempo”, disse.
Na época da prisão, Martins contou detalhes do crime na Delegacia de Homicídios e afirmou que a vítima foi morta porque tinha envolvimento no assassinato do irmão dele, em 2013, e não por ordem de facção.
“Não recebi ordens. Foi porque ela matou meu irmão. Em 2013 armou com os irmãos dela e levaram meu irmão, esquartejaram. Não fiz isso com ela [esquartejar], fiz só isso que viram no vídeo”, disse o suspeito durante apresentação da polícia.
Um adolescente de 17 anos se entregou à polícia após uma ordem do pai e confessou ter participação na morte da jovem. Ele seria a pessoa que aparece esfaqueando a vítima enquanto Martins a decepa.
Como a vítima foi atraída
No dia em que foi apresentado pela Polícia Civil, Martins explicou que soube que Débora tinha se desligado de uma facção rival e a encontrou em um grupo de WhatsApp.
Para atrair a jovem, o suspeito a chamou em uma conversa privada e perguntou se ela precisava de algo. Débora disse que queria drogas e uma arma, então, Martins a convidou para buscar a droga na casa dele, no bairro Caladinho.
A versão do acusado contraria a da irmã de Débora, que garantiu que a jovem ia visitar o filho no dia do crime.