Tarifa deve sair de R$ 3,50 para R$ 4,03. Movimentos sociais se organizam e dizem ser contra reajuste.
Em protesto contra o novo reajuste na tarifa de ônibus, movimentos estudantis e sindicais fecharam parcialmente o Terminal Urbano, no Centro de Rio Branco, na manhã desta segunda-feira (21). Eles são contrários ao reajuste da tarifa que atualmente está em R$ 3,50 e deve subir para R$ 4,03.
O Conselho Municipal de Transportes Públicos propôs o aumento da tarifa na sexta-feira (18), durante reunião com representantes do conselho na capital. Inicialmente, o valor proposto era de R$ 4,50. Esse é o primeiro ano em que o conselho vai poder decidir sobre tarifa sem intervenção dos vereadores.
Isso porque os parlamentares aprovaram, em dezembro do ano passado, um projeto de lei que passa essa função para o conselho.
Com o projeto de lei, além de decidir sobre as tarifas do transporte público, o conselho deve analisar e propor medidas que melhorem a segurança dos passageiros e mobilidade diária na capital.
O presente da União Municipal das Associações de Moradores de Rio Branco (UMAMRB), Oséias Silva informou que é contra o grupo o aumento e também não concorda com a formação do conselho tarifário.
“Somos contra o aumento da passagem de ônibus. A nossa posição é votar contra o aumento da passagem. Não existe razão para a empresa, em menos de um ano e meio, pedir aumento. Não temos razão nenhuma para votar com as empresas, votamos com a população, que não é favor do aumento. Se as empresas estão trabalhando no vermelho, que se programem melhor e não fiquem aumentando e sangrando o bolso do trabalhador todo ano”, protesta.
O secretário-geral do Sindicato dos Urbanitários, Marcelo Jucá, lembrou também que nenhuma melhoria foi feita no serviço.
“A qualidade é precária. Não dá para aceitar um novo aumento já que não cumpriram contratos com a prefeitura. Levaram milhões e tem contrato assinado, estipulando ônibus novos, mas nada fizeram. Ainda tiraram os cobradores dizendo que melhoraria o serviço e baixaria a passagem, mas nada disso aconteceu”, reclama.
A estudante Janaína Pinheiro, de 33 anos, usa o transporte coletivo para estudar e também trabalahr. Ela diz que o aumento é um abuso e reclama do serviço de má qualidade.
“A espera é grande, as cadeiras estão com problemas, às vezes não dá nem para entrar porque já tá tumultuado, os idosos. É uma abalo para a população em horário de pico. A gente sofre com calor e falta de estrutura. Sem os cobradores, o motorista precisa dar o troco acaba colocando todo mundo em risco. Se os governantes tirassem um dia para andar de ônibus iam ver como é ruim. Você fica violentado por um serviço ruim”, desabafa.