Mãe de jovem morto em possível latrocínio diz que ouviu suspeitos mas pensou que era um assalto e mandou mensagem para o filho

Manoel Correia Neto foi assassinado na madrugada desta terça (8) quando chegava em casa no bairro Joafra. Durce Mendes ouviu os suspeitos e chegou a ligar para a polícia.


A pensionista Durce Mendes está em choque com a morte do filho Manoel Correia dos Santos Neto, de 28 anos. O rapaz foi assassinado na manhã desta terça-feira (8) durante um possível latrocínio, no Conjunto Joafra. Durce disse ouviu o barulho da motocicleta e duas pessoas conversando. Ela achava que os criminosos queriam assaltar a casa dela.


Com medo, a mãe mandou mensagem e um áudio para Neto. No recado, que não foi visualizado, Durce perguntava onde o filho estava, que alguém queria entrar na casa e que estava assustada.


“Sabia que ele não estava em casa. Ouvi o barulho da moto, olhei o farol e ouvi os caras dizendo ‘bora, bora’. Só que já tinham atirado no meu filho e eu não sabia. Os cachorros começaram a latir e foram embora. Mandei mensagem pra ele porque pensei que tentavam entrar no meu quintal”, relembrou.


Após isso, a mãe disse que não conseguiu mais dormir, mas não imaginava que o filho estava baleado em frente de casa. Ela falou que ainda ligou para a polícia falando da movimentação e pedindo uma ronda na rua.


“Não ia sair para rua porque não sabia que era meu filho. Liguei pra polícia, a moça perguntou se eu queria que alguém fosse lá e disse que queria que fizessem uma ronda. Quando clareou vi um corpo no chão. Olhei de novo e identifiquei que era meu filho pelo tênis”, lamentou.


Moto do amigo e celular desaparecido

A pensionista falou que a moto que o filho estava era emprestada de um amigo. O veículo foi levado pelos criminosos. O aparelho celular de Neto também desapareceu.


“Tinha pegado a moto do amigo que tem oficina. Tinha vendido a moto dele. Vão pegar o cara, em nome de Jesus. Meu filho não era de facção, não era um criminoso. Estava estudando para entrar na polícia. Prestou o concurso da PM, mas tirou só 68 pontos e prometeu que iria fazer o concurso para os bombeiros. Desde pequeno o sonho dele era ser policial”, afirmou.


Muito abalada com a perda, a mãe lembrou da forma carinhosa que era tratada pelo filho e do companheirismo.


“Me colocava no colo, me abraçava, beijava. Era muito carinhoso comigo. Tenho que ser forte porque minha filha precisa de mim”, finalizou.


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