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Jovem morto a pauladas e facadas foi confundido com membro de facção: ‘tudo não passou de engano’, diz delegado

Quadrilha achava que jovem fazia parte de uma facção rival em Cruzeiro do Sul. Foram cinco pessoas envolvidas; dois são menores.


A Polícia Civil fechou, nesta quinta-feira (3), o inquérito sobre a morte do jovem Natanael de Oliveira, de 21 anos. Ele foi morto a pauladas e facadas porque foi confundido com um membro de facção em Cruzeiro do Sul, segundo a polícia.


O jovem foi encontrado morto no dia 15 de abril, três dias depois de ter desaparecido. Além disso, a morte dele foi filmada e autorizada por membros de facção, como em uma espécie de tribunal do crime. O primeiro suspeito a se entregar foi Mário Gabriel, de 18 anos.


Ele levou os policiais até onde o corpo havia sido enterrado e também ajudou na identificação dos cinco suspeitos. Outros dois acusados já haviam sido presos – Márcio Albino de Oliveira, de 23 anos, e outro menor na cidade de Guajará (AM) nesta quarta (2).


Dos cinco autores, dois são menores. O delegado que está a frente do caso, Alexnaldo Batista confirmou que todos confessaram o crime e que, na verdade, o jovem foi confundido com um membro de uma facção rival que os suspeitos fazem parte.


“Eles confessaram a participação, relataram detalhes da ação criminosa, inclusive como fizeram a ocultação do cadáver”, conta.


O delegado diz ainda que a vítima não tinha nenhuma relação com o crime organizado. “Eles acreditam que a vítima integrava uma facção rival e acabaram por tirar-lhe a vida. Quero deixar bem claro, até para tranquilizar os corações dos familiares, que a vítima não tinha nenhum envolvimento com crimes. Na verdade tudo não passou de engano”, lamenta.


Segundo informações, após o crime, os dois suspeitos fugiram para a comunidade Boa Fé, zona rural do município amazonense de Guajará e foram presos ontem quando tinham acabado de retornar da comunidade.


Com a transferência dos jovens para Cruzeiro do Sul, foi cumprido mandado de prisão que estava em aberto. Após a outiva na delegacia, o menor será encaminhado ao Ministério Público e o maior para o Presídio Manoel Néri onde ficará a disposição da Justiça.


Suspeitos confessaram o crime e disseram que jovem foi morto por engano (Foto: Adelcimar Carvalho/G1)

Suspeitos confessaram o crime e disseram que jovem foi morto por engano (Foto: Adelcimar Carvalho/G1)


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