Artista se apresentou nesta terça (29), no Espaço das Américas
Em 2014, o fenômeno pop mundial One Direction passou pelo Brasil em uma série de shows. Quatro anos depois, foi a vez do cantor e compositor Harry Styles, 24, mostrar que existe vida após a banda britânica que o projetou profissionalmente.
O artista se apresentou nesta terça (29), no Espaço das Américas, para uma plateia que há quase um ano esgotou em quatro horas os ingressos do show. A casa tem capacidade para 7.500 pessoas.
A turnê do primeiro disco solo de Styles já passou por Europa, Austrália, América do Norte, Ásia e agora está na América do Sul. No último domingo (27), ele se apresentou na Jeunesse Arena, no Rio, também com ingressos esgotados.
“Que saudades, São Paulo. Tudo bom com vocês? Beleza?”, esboçou o músico em um português ensaiado. Ele recordou sua última passagem pelo país e agradeceu a presença de todos. “Sei que não estava fácil chegar aqui hoje. Muito obrigado por terem conseguido”, disse, se referindo as dificuldades de transporte enfrentadas com a greve dos caminhoneiros.
Deixando de lado o pop fabricado da banda, Styles apresentou todas as dez músicas de seu disco solo de estreia, “Harry Styles” (2017), no qual se mostra um artista que abraçou rock e folk em faixas dançantes e introspectivas que bebem de artistas como Beatles, Rolling Stones e David Bowie.
Desta vez, as dancinhas não eram sincronizadas como na época da boy band, mas sim frenéticas.
A sonoridade essencialmente retrô se combinou com as letras das composições e até com o próprio visual do artista, que vestia camisa prateada metálica, colete e calça preta. Revezando-se entre violão e guitarra, Styles estava acompanhado de sua banda, formada pelo guitarrista Mitch Rowland, pela baterista Sarah Jones, pela tecladista Clare Uchima e pelo baixista Adam Prendergast.
Para a alegria do público (formado, majoritariamente, por meninas e adolescentes), o cantor apresentou músicas do One Direction, como “Stockholm Syndrome”, do disco “Four” (2014). Logo no começo da canção, ele parou e pediu para acenderem as luzes porque tinha alguém na plateia passando mal. Depois de se certificar que estava tudo bem, retomou o show.
“If I Could Fly”, do álbum “Made in the A.M.” (2015), e o hit que alçou os meninos à fama “What Makes You Beautiful”, do primeiro trabalho do grupo “Up All Night” (2011), também foram tocadas. Todas mais sóbrias, com a cara deste novo artista.
Em um momento mais introspectivo, ele desceu do palco e se dirigiu a uma estrutura no centro da pista. Lá, cantou “Sweet Creature” e “If I Could Fly”. De lá, voltou com uma bandeira do Brasil amarrada no corpo -ele também vestiu a bandeira com as cores do movimento LGBT.
O único momento em que o coro estridente se silenciou foi na canção “From the Dining Table”, a primeira que abriu o bis. A própria plateia impôs o silêncio.
O repertório também incluiu dois covers: a balada “Just a Little Bit of Your Heart”, de Ariana Grande (da qual participou da composição), e “The Chain”, do grupo americano de rock Fleetwood Mac. E duas músicas que foram lançadas em turnê, “Medicine” e “Anna”, boas surpresas para quem assistia.
A abertura do show ficou por conta do cantor americano Leon Bridges, que apresentou sua mistura de blues, soul e gospel em canções do álbum “Good Thing” (2018).Repertório:
“Only Angel”
“Woman”
“Ever Since New York”
“Two Ghosts”
“Carolina”
“Stockholm Syndrome”
“Just a Little bit of Your Heart”
“Medicine”
“Meet Me in the Hallway”
“Sweet Creature”
“If I Could Fly”
“Anna”
“What Makes You Beautiful”
“Sign of the Times” Bis
“From the Dining Table”
“The Chain”
“Kiwi”. Com informações da Folhapress.