Greve dos caminhoneiros faz preço da cebola disparar em Cruzeiro do Sul e saca chega a R$ 120

Houve um aumento de 100%, segundo Associação Comercial. Produtos podem começar a faltar no fim de semana.

 


A segunda maior cidade do Acre, Cruzeiro do Sul, já começa a sofrer com o aumento nos preços de alguns produtos devido à greve dos caminhoneiros no estado. Duas rodovias federais – a 364 e 317 estão fechadas – e a AC-40, que é estadual também foi interditada.


A categoria pede a redução do preço do combustível. Estão passando apenas carros pequenos, ônibus e cargas vivas. A paralisação está no terceiro dia.


O primeiro produto a sofrer aumento nas prateleiras dos supermercados do Vale do Juruá foi a cebola. De acordo com a Associação Comercial, a saca de cebola subiu de R$ 60 para R$ 120 – o reajuste já foi repassado para os consumidores.


Associação diz ainda que no fim de semana já deve começar a faltatr alguns produtos que estão retidos nas barreiras montadas nas rodovias. O quilo da cebola, antes vendido por R$ 4, agora está em R$ 7.


“No meu caso, tive que comprar produtos em Rio Branco para repor o estoque. Comprei com preços já alterados e temos que repassar o custo ao consumidor. Não tem como segurar, comprei mais caro”, diz o presidente da Associação. Assen Cameli.


O presidente disse ainda que esperava sentir os efeitos da greve no final de semana, mas isso acabou sendo antecipado.


“Minha empresa tem caminhões retidos nas barreiras. Os efeitos já ocorrem no Brasil inteiro e aqui não é diferente. Já nos próximos dois dias pode faltar gás de cozinha aqui na região”, alerta.


A dona de casa Maria Angelina, de 59 anos, foi a um supermercado fazer as compras para o mês todo e apoia a manifestação dos caminhoneiros.


“As coisas estão difícil para todos, não tiro a razão dos caminhoneiros, eles estão certo, pois o combustível aumentou muito. Se para nós consumidores está difícil, para eles está muito mais. Por isso, estou fazendo a feira para o mês todo para quando ter que comprar de novo já ter passado essa crise”, diz.


Gerente de um supermercado na região, Adriano de Melo, diz que prevê desabastecimento.


“Recebemos uma carga de oito toneladas de verdura que compramos em Rio Branco que garante nosso estoque até a próxima quarta-feira [23]. Esses produtos perecíveis são comprados para garantir o estoque por sete dias para evitar perdas. Na semana que vem poderemos está sem estoque de alguns produtos”, explica.


Rodeilson Menezes diz que o estoque de frutas e legumes está garantido no supermercado onde ele trabalha ate o fim de semana. Depois disso, os produtos devem começar a falta.


“Se não chegar estoque novo, ficaremos zerados de alguns produtos. Temos caminhões na estrada e se não conseguirem chegar, não teremos como repor nas gôndolas. No tocante a carga seca, estivas em geral, temos estoque bom” diz.


O setor da construção civil e combustíveis, que são transportados em grandes quantidades pelo Rio Juruá, têm grande estoque na cidade e por enquanto não são afetados pelas manifestações que ocorrem em todo país.


 


 


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