Após reclamação de clientes, preço caiu para R$ 5,99 pouco depois. Veja onde há ponto de bloqueio de caminhões.
O aumento do preço dos combustíveis e a paralisação dos caminhoneiros geraram correria de motoristas atrás dos postos do Distrito Federal, que passaram a “ostentar” uma fila extensa. Além de ter menos gasolina nas bombas, o pouco que ainda resta está com o preço alto: o litro chegou a R$ 9,99 na madrugada desta quinta-feira (24).
O litro “recordista” flagrado pela TV Globo é de Águas Claras. “Todos que estavam na fila abasteceram a esse preço”, contou o servidor público Alex Nunes.
“E houve também negativa dos frentistas em emissão da nota fiscal. Criou-se até um alvoroço aqui inicialmente no posto. Todos nós estamos totalmente indignados aqui por conta do oportunismo dos empresários”, afirmou outro cliente, o empresário Adriano Galeno.
Por causa disso, meia hora depois, o valor caiu pra R$ 5,99. Ninguém do posto quis falar sobre o assunto.
Na 214 Sul, a gasolina chegava a R$ 4,85. “Só vou botar o suficiente para eu trabalhar só. Essa noite. E aí depois seja o que Deus quiser”, disse o motorista de aplicativo. A gerência disse que o estoque do posto, com 20 mil litros, talvez não durasse até o dia seguinte.
O servidor público Marco Antônio Santos saiu da Asa Sul até aquele posto. Abasteceu o suficiente para chegar até lá. “[Estou buscando um posto há] Quatro horas. Peregrinando posto a posto procurando para colocar gasolina.”
No posto ao lado, o álcool e a gasolina acabaram. “O nosso caminhão foi até a refinaria. Só que chegando lá, eles não conseguiram abastecer o caminhão. Então, já foi sem gasolina e voltou sem a gasolina”, declarou o frentista Erick Ferreira.
Decisão judicial
Na quarta, a Justiça proibiu o bloqueio de caminhoneiros na distribuidora da Petrobras no SIA. A Polícia Militar negociou a saída de 16 caminhões com combustíveis, mas 20 minutos depois, a escolta foi cancelada. Manifestantes disseram que os motoristas que estavam na distribuidora não quiseram sair.
Gás de cozinha
E a paralisação preocupa outro setor: o de gás de cozinha. O sindicato que representa a categoria disse que a situação pode piorar. No entanto, não há previsão de reajuste no preço do gás.
“Desde ontem hospitais, presídios, shoppings: as companhias não conseguiram fazer os abastecimentos que já estavam programados”, afirmou o presidente do sindicato das empresas, Sérgio Costa.