Adriana Ferreira Almeida Nascimento foi condenada por mandar executar o ex-marido após ter sido excluída do testamento dele
Conhecida como Viúva da Mega-Sena, Adriana Ferreira Almeida Nascimento teve novo recurso negado pela Justiça. Ela foi condenada em dezembro de 2016 a 20 anos de prisão como mandante do assassinato do ex-marido Renê Senna, que ganhou na Mega-Sena e a excluiu do testamento após descobrir uma traição. O mandado de prisão contra Adriana foi expedido no dia 10 de abril deste ano, quando a defesa da viúva entrou com o recurso. Ela está foragida.
O último pedido de prisão contra Adriana foi emitido no último dia 6 com base na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de negar habeas corpus ao ex-presidente Lula. De acordo com a promotora, os ministros decidiram que cabe prisão após condenação em segunda instância.
“Não há razão para que seja postergada a execução da pena, em especial no caso em análise que tem por objeto crime praticado há mais de uma década”, diz a decisão.
De acordo com o Extra, os recursos possíveis na segunda instância se esgotaram. Após a expedição do mandado de prisão, Adriana não foi encontrada e está foragida.
O caso
Renê foi assassinado a tiros no dia 7 de janeiro de 2007 em Rio Bonito, Região Metropolitana do Rio. Seis pessoas foram acusadas pelo crime, incluindo a viúva, que é considerada a mandante, de acordo com denúncia do Ministério Público.
A acusação afirma que Adriana tomou a decisão depois de ter sido excluída do testamento do ex-marido, que soube que havia sido traído por ela. O testamento que beneficiava a viúva foi anulado em fevereiro deste ano por decisão do Tribunal de Justiça.
A viúva, dias depois do julgamento, em 2016, teve a prisão revogada e passou a cumprir a pena em prisão domiciliar. Ela também recorreu da decisão da sentença, pedindo a realização de um novo júri, sem sucesso.
