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Família diz que tiros que mataram 3 pessoas, entre elas uma criança de 11 anos, foram disparados pela polícia no AC

Bope disse que denúncia beneficia apenas o crime. Ação ocorreu no bairro Preventório na segunda-feira (14).


A família do eletricista Edmilson Fernandes da Silva Sales, de 38 anos, acusa o Batalhão de Operações Especiais (Bope) de ter chegado atirando no bairro Preventório.


Ao contrário do que divulgou a polícia, a família alega que não houve troca de tiros e nem confronto entre as facções rivais. Na ação, três pessoas foram assassinadas, entre elas uma menina de 11 anos.


Além do eletricista, Maria Cauane da Silva, de 11 anos, e uma terceira pessoa – que ainda não foi identificada – também foram mortos.


“Tiraram ele de dentro de casa e mataram. Foi a polícia que atirou, não teve nada de facção. Mataram a menina da mulher, não teve outra desculpa para inventar, mas não foi assim. Estavam desde cedo na região. Só que entraram lá e não acharam nada”, contou Luana de Sales, de 30 anos, mulher do eletricista.


Luana falou que na hora da ação as filhas do casal estavam dentro da casa. A menina de 11 anos era vizinha do eletricista. Luana acusa ainda a polícia de ter colocado uma arma ao lado do marido.


“Eles forjaram. Nós temos testemunhas. Querem jogar pra cima dos que morreram porque não podem se defenderem. Mas, não foi assim que a banda tocou. Mataram a criança num acidente e inventaram isso”, reclamou.


Criança foi usada como escudo

O comandante do Bope, major Assis dos Santos, afirmou que a denúncia dos familiares é uma artimanha para beneficiar o crime. Ele contou que quando a polícia chegou no local a criança já tinha sido baleada.


“A Polícia Militar é um agente da lei, então, esse tipo de denúncia visa beneficiar criminoso. Somos o Estado, temos dever e a lei nos ampara. A equipe que chegou no local soube do evento com a criança e o que foi informado é que a criança foi usada como escudo para saírem do local. Então, imputar um crime ou fato para a Polícia Militar é uma artimanha usada pelos criminosos porque o Estado pode ser responsabilizado, mas o bandido não”, declarou.


A polícia disse que membros de uma facção rival chegou de barco para subir o morro. Eles tentavam retomar a área dominada por outra facção. O Bope contou ainda que foram acionados para conter a ação dos criminosos. Durante o dia, o batalhão fez uma operação no bairro.


A terceira pessoa que morreu na ação ainda não foi identificada. O corpo do eletricista ainda está no Instituto Médico Legal (IML). A família de Maria Cauane da Silva, de 11 anos, já iniciou o velório da criança.


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