Ex-militar acusado de assassinatos postava vídeos ao lado dos corpos

Rondônia


De acordo com o delegado que conduz as investigações, Adil Pinheiro de Paula, o suspeito é apontado como líder de uma facção criminosa que age na região.



O ex-militar do Exército José Elgy Alves Silva, 31, foi preso pela Polícia Civil acusado de integrar a facção criminosa Comando Vermelho e ter participado de pelo menos 5 homicídios nos últimos meses em Campo Novo do Parecis (396 km a noroeste de Cuiabá).


 


De acordo com o delegado que conduz as investigações, Adil Pinheiro de Paula, o suspeito é apontado como líder de uma facção criminosa que age na região. Ele é dono de duas borracharias e uma boate na cidade – com faturamento mensal declarado em R$ 22 mil.


 


“Ele confessou com frieza os 5 homicídios, sendo 4 executados e um tentado. Ele possui perfil psicológico diferente, não mostra arrependimento, inclusive comenta que as vítimas imploravam pela vida, e nenhuma preocupação em ir pra cadeia. Na verdade se vangloriava das mortes em grupos nas redes sociais (whatsapp) com outros integrantes de facção criminosa”, explica o delegado.


 


Na manhã desta quinta-feira (10), a Polícia Civil realizou buscas e recolha dos restos mortais das vítimas, junto com a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), em uma área rural.


 


Conforme a Polícia Civil, as investigações começaram após o conhecimento de um vídeo da execução de um homem de 24 anos no dia 1º de abril, deste ano, com intuito de identificar e prender os envolvidos.


José Elgy foi o 1º a ser identificado e teve a prisão decretada pela Justiça. Agora, as investigações prosseguem no sentido de identificar e prender outros envolvidos que aparecem no vídeo.


 


Ele não confessa integrar organização criminosa, mas as investigações comprovam que ele atuava como o “disciplina” – o responsável por aplicar penalidades. Em interrogatório na quarta-feira (09) ele afirmou matar pessoas que estavam cometendo roubos e furtos na região. Justificou que a maioria das mortes eram de usuários de drogas e suspeitos da pratica de pequenos furtos e roubos, e que, segundo ele atuava como uma espécie de justiceiro que só fez bem para a sociedade ao retirar “esse pessoal de circulação”, em suas palavras.


 


No entanto, conforme explica o delegado, esse argumento é uma estrategia da facção criminosa a que José pertence, para “dominar” o submundo do crime (especialmente o tráfico de drogas), galgando poder gradativo buscando controle e poder de uma área inteira. Em uma fotografia ele posa fazendo gesto com as iniciais da facção CV segurando ossos dos cadáveres mortos por ele


Compartilhar

Facebook
Twitter
WhatsApp
LinkedIn

Últimas Notícias