Rubens dos Santos diz que ele e os filhos não possuem condições financeiras para procurar avós na cidade de Itapuã, no Rio Purus. Homem e mulher fugiram para o Acre e se casaram em 1994.
O mestre de obras Rubens Andrade dos Santos, de 45 anos, relata que é cobrado pelos filhos que sonham em conhecer os avós maternos que vivem na cidade de Itapuã, no Rio Purus, no Amazonas.
A mulher de Santos, Edinéia Marques da Silva tinha epilepsia e faleceu em 2007 após um ataque cardíaco. A família, segundo ele, não possui condições financeiras para ir até a cidade procurar pelos avós.
Santos relata que viajava do Acre para Belém (AM) várias vezes de balsa e em uma das viagens conheceu Edinéia. Ele tinha 18 anos e ela apenas 17. Os dois fugiram da cidade, vieram morar no Acre se casaram em 1994 e tiveram cinco filhos que hoje têm 22, 21, 18, 17 e 15 anos. Devido à fuga, ele nunca conheceu a família da mulher.
“Nós fugimos, eu roubei ela de lá. Chegando no Acre construímos família. Ela sofria de epilepsia e na época não tinha tratamento adequado como hoje. Criei nossos filhos que já estão todos grandes. Eles me cobram muito que querem conhecer os avós maternos, pois os paternos já faleceram. Mas, infelizmente, não temos condições de ir até Itapuã procurar por eles”, relata.
O homem relata que não possui nenhuma foto da mulher pois a casa em que morava no bairro Taquari, em Rio Branco, foi atingida por uma cheia do Rio Acre e ele perdeu toda a documentação dela. Os filhos Eveline Marques dos Santos, Glória Estefane Marques dos Santos, Welyson Marques dos Santos e Matheus Marques dos Santos sonham em conhecer os avós.
“É o sonho dos meus filhos, mas a gente não tem condições de ir procurar por eles. Até mesmo por que a cidade de Itapuá é de difícil acesso, temos que descer em Manaus e pegar um barco para subir o rio, não tem estrada para lá. Queria realizar esse sonho deles”, afirma.
Tudo o que sabe da família de Edinéia é que ela tem um irmão chamado Edimar Albuquerque e que a mãe dela se chama Edite Pios. Edimar, segundo Santos, trabalhava em um hospital da cidade e chegou a visitar Rio Branco.
“Lá em Itapuã eles são uma família muito conhecida. Ele [Edmar] já veio em Rio Branco. Queria muito que alguém nos ajudasse a encontrar eles. Meus filhos querem saber mais sobre eles e espero muito que consigamos contato”, finaliza.