Os poli-hidroxiácidos esfoliam, hidratam e melhoram o tônus e a textura, além de serem ideais para o tratamento de algumas doenças de pele
Os hidroxiácidos já são amplamente utilizados em tratamentos estéticos, para realizar a renovação celular da pele e atuar contra manchas, flacidez e rugas, proporcionando superfície lisa e brilho saudável à pele. Além disso, esses ‘ácidos’ são muito usados no tratamento de algumas desordens cutâneas como rosácea, fotoenvelhecimento, acne e distúrbios de pigmentação. Mas, ao contrário do que muitos pensam, os hidroxiácidos se comportam de maneiras diferentes entre si.
“Os poli-hidróxiacidos (PHA), por exemplo, se destacam devido suas características exclusivas em comparação aos efeitos dos alfa-hidroxiácidos tradicionais. Isso porque apresentam uma estrutura molecular que favorece sua absorção de forma mais lenta pelo tecido epitelial, diminuindo a irritação, coceira, queimação e vermelhidão comuns em pacientes que fazem tratamento com outros ácidos”, explica a dermatologista Dra. Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da American Academy of Dermatology (AAD).
Derivados das frutas e cereais como o milho, os poli-hidroxiácidos agem na superfície, dissolvendo suavemente os vínculos entre as células mortas da pele para que possam ser facilmente removidas, promovendo assim uma pele mais suave e com menos linhas finas, manchas e cicatrizes de acne. “Esta classe de ácidos apresenta potente efeito antioxidante, aumentando a espessura dérmica, diminuindo a hiperpigmentação e conferindo firmeza à pele, pois estimula a produção de colágeno e outros componentes que aumentam a qualidade das fibras elásticas”, destaca a médica.
Sendo bem tolerados por peles mais sensíveis, com rosácea e dermatite atópica, os poli-hidroxiácidos podem ser usados em cosméticos, esfoliações, peelings e até para potencializar os resultados de procedimentos como lasers e microdermoabrasão. “Os PHA também podem ser associados a outras substâncias para diversos protocolos, como ao ácido retinoico, para o tratamento da acne, ao retinil palmitato, para combater o envelhecimento cutâneo, e à hidroquinona, para reduzir a hiperpigmentação”, completa a médica.
Segundo a Dra. Valéria, um dos poli-hidroxiácidos mais conhecidos e utilizados é a gluconolactona, potente renovador celular com ação hidratante e antioxidante, reforçando a barreira da pele, atuando no tratamento da acne e combatendo o fotoenvelhecimento.
“Mas, apesar de serem menos agressivos que os outros hidroxiácidos, os PHA devem ser introduzidos com cautela em sua rotina de cuidados com a pele. Por isso, o ideal é que você consulte um dermatologista para que ele possa avaliar o seu caso e indicar o melhor modo de usar estes ácidos, pois, embora muitos produtos com estas substâncias sejam projetados para serem usados diariamente, é sempre interessante dosar de acordo com a necessidade de cada pele”, finaliza.