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Sindicato cobra reparos em ramal que dá acesso ao presídio de Tarauacá, de onde fugiram mais de 30 presos durante obras

‘As viaturas estão atolando’, diz presidente do sindicato. Iapen diz que notificou empresa responsável por obras em presídio para fazer raspagem do ramal.


O ramal que dá acesso ao presídio Moacir Prado, em Tarauacá, no interior do Acre, está em péssimas condições devido ao trânsito de caminhões da empresa responsável pelas obras na unidade prisional.


Os agentes penitenciários que trabalham no local cobram reparos e reclamam do atoleiro que se tornou o ramal.


O diretor do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), Aberson Carvalho, informou que a empresa responsável pelas obras foi notificada e que a orientação dada foi de que seja feita a raspagem do ramal após as chuvas.


“Ali vai ser asfaltado, está dentro do processo de licitação. A empresa foi notificada, porque ela tem que fazer a raspagem do ramal periodicamente. Mas, como nós estamos em obras, infelizmente o transtorno é fato. Não tem como asfaltar agora e ficar passando com caminhão de barro e areia ou cimento em cima para afundar”, disse Carvalho.


A situação do ramal fica ainda pior em dias de chuvas. O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindapen), Lucas Bolzoni, disse que é comum as viaturas ficarem atoladas no local, inclusive, quando estão fazendo deslocamento de presos.


“Isso representa um perigo para a segurança. Se precisar de uma intervenção no local ou alguma questão de saúde, em dias de chuva, principalmente, o acesso fica assim. Às vezes, presos de alta periculosidade são carregados nessas viaturas que acabam atolando no meio do caminho, e ninguém sabe o que fazer”, relatou o sindicalista.


Bolzoni disse que, além das viaturas que atolam ao tentar trafegar no local, os servidores do presídio acabam tendo que deixar seus veículos na rodovia principal, com receio de também ficarem atolados.


As obras de ampliação e revitalização no presídio foram iniciadas em novembro do ano passado. Segundo o diretor do Iapen-AC, a previsão é que seja concluída em quatro meses.


“Como tivemos um período de fortes chuvas, as obras foram suspensas por cerca de um mês, mas a previsão é essa”, disse Carvalho.


Agentes penitenciários cobram reparos em ramal que dá acesso ao presídio de Tarauacá (Foto: Divulgação/Sindapen)

Agentes penitenciários cobram reparos em ramal que dá acesso ao presídio de Tarauacá (Foto: Divulgação/Sindapen)


Fugas durante as obras

Desde o início das obras no presídio, mais de 30 presos fugiram da unidade. A primeira fuga foi no dia 11 de dezembro do ano passado, ao menos 20 presos fugiram pela parte de trás do presídio onde o muro estava sendo reconstruído.


Pouco mais de um mês depois, oito presos que cumpriam pena na penitenciária conseguiram fugir pelos fundos da unidade. Um vídeo gravado pelas câmeras de monitoramento flagrou a ação dos detentos.


No último dia 6 de março, mais três presos fugiram do local. Desta vez, os detentos fizeram um buraco em uma das celas e fugiram.


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