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Servidor do IBGE no AC que sugeriu ‘cura gay’ em postagem no Facebook diz que teve conta hackeada: ‘não fui eu’

O servidor do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que causou polêmica nas redes sociais, após fazer uma postagem homofóbica, nega que tenha feito a publicação e afirma que teve a conta hackeada e usada por outra pessoa.


O IBGE divulgou nota repudiando a conduta do servidor e afirmou que tomaria as medidas cabíveis.


Na postagem, o servidor, que prefere não ter o nome divulgado, usou a foto de um bastão de beisebol com arame farpado, parecido com a “Lucille”, arma utilizada por Negan, vilão da série The Walking Dead. Na descrição, ele escreveu: “a cura gay existe”.


“Não fui eu. Alguém usou meu perfil para divulgar aquela palhaçada. Eu não vou postar uma coisa dessas, esse não é meu jeito de agir como pessoa. Não tenho preconceito nenhum contra gênero, religião, contra nada. Usaram minha conta para postar essa brincadeira de muito mau gosto”, se defende.


A foto foi publicada em um grupo fechado do Facebook que, segundo o servidor, tem mais de 5 mil membros, e logo acabou repercutindo na internet. Ao G1, ele relatou que atuou no Censo do IBGE e que o contrato era temporário e já foi encerrado. Agora ele trabalha como pedreiro.


O servidor diz que foi convidado para entrar no grupo onde foi feita a postagem, mas não chegou a aceitar a solicitação. Ele destacou ainda que o IBGE entrou em contato com ele pedindo uma explicação do caso.


O órgão publicou uma nota na página oficial no Facebook e confirmou que o servidor fez parte do quadro de servidores temporários do IBGE, mas que havia sido desligado desde o último dia 4 de fevereiro.


“Não sei porque fizeram isso, eu queria muito saber e estou à disposição para prestar esclarecimentos. O IBGE já entrou em contato comigo e expliquei para eles que não fui. Estou com a consciência tranquila. Estou pensando seriamente em registrar um boletim de ocorrência, isso pode sujar a minha imagem, se já não sujou, não sei”, lamenta.


Servidor afirma que recebeu várias ameaças após repercussão do caso (Foto: Reprodução/Facebook)

Servidor afirma que recebeu várias ameaças após repercussão do caso (Foto: Reprodução/Facebook)


A situação, segundo ele, foi percebida apenas quando o Facebook enviou uma mensagem dizendo que um post dele foi bloqueado. No dia da publicação, o pedreiro disse que deixou o celular em uma quadra e foi jogar futebol. Nesse local, os moradores usam a internet wifi da Câmara de Vereadores.


“Recebi uma mensagem à noite quando fui entrar no Facebook dizendo que uma postagem minha tinha sido bloqueada. Nessa hora já suspeitei que alguém tinha me hackeado. Não sei se quem fez isso. Pensou que era uma brincadeira e qe não teria uma repercussão tão grande. Isso foi uma coisa bem grave, essa noite em nem dormi direito”, conta.


Devido a repercussão, o pedreiro afirma que recebeu várias mensagens sofrendo ameaçadas. Alguns internautas chegaram a ameaçar a família dele. Por isso, ele decidiu desativar temporariamente o perfil no Facebook.


“Foram várias ameaças. As pessoas foram me xingar, me esculachar, me chamaram de homofóbico, sendo que não sou esse tipo de pessoa que tem preconceito. Entendo que as pessoas ficaram revoltadas, mas isso não justifica fazer uma ameça. Já me chantagearam, pessoas de vários cantos do Brasil”, relata.


Veja a nota completa do IBGE:


Recebemos denúncias sobre um post homofóbico e de incitação à violência que teria sido publicado no Facebook por um servidor temporário do IBGE.


A instituição repudia fortemente este tipo de conduta e informa que já está verificando a situação para tomar as medidas cabíveis.


Agradecemos as mensagens que nos alertaram sobre esse comportamento inaceitável.


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