Preocupada com a situação da filha de 17 anos que sente dores forte de ouvido há dois meses, a dona de casa Ocelina Ferreira, de 33 anos, disse que se sente “desamparada” e reclama de “descaso” na saúde do estado. Ela relatou que tem medo da filha perder a audição antes de conseguir tratar do problema.
Ao G1, a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) informou que a jovem precisa procurar uma Unidade de Atenção Básica, ou seja, um posto de saúde, onde vai ser avaliada e encaminhada para o especialista.
A Saúde ressaltou que as Unidades de Pronto Atendimento e o Huerb não terão esse especialista, já que não faz parte da área de atendimento deles.
A mãe já levou a jovem Ana Carolina Freitas, de 17 anos, cerca de sete vezes a postos de saúde, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e até no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco e até esta sexta-feira (6) não conseguiu atendimento.
“Ela teve uma gripe há uns dois meses, e começou a sentir dor no ouvido. De lá para cá só piorou a situação. Começou a escorrer pus do ouvido, já levei umas quatro vezes no posto de saúde, hoje fui na UPA da Sobral com ela, e depois de muito esperar para ser atendida, mandaram a gente vim no Pronto Socorro”, contou a mãe.
Ao chegar no Huerb, a dona de casa disse que foi orientada a voltar para a UPA para pedir encaminhamento para o Hospital das Clínicas, já que na unidade não possui médico Otorrinolaringologista.
“Estamos nessa situação desamparadas. Ela está com o ouvido escorrendo aqui, estou vendo a hora que ela vai perder a audição antes de ser atendida. Nesse tempo indo aos postos, passaram remédio, mas não resolve. Essa é a saúde de primeiro mundo. Para nós pobre é desse jeito, mandando a gente de um lugar para o outro. Descaso mesmo”, reclamou Ocelina.