Revista checa boatos contra origem humilde de Gleici Damasceno, finalista do BBB18

Repórter de Veja foi à Baixada da Sobral para entrevistar parentes, vizinhos e a ex-patroa

O repórter Fabio Pontes, da revista Veja, foi até a Baixada da Sobral checar a veracidade de informações relacionadas ao passado humilde da estudante de psicologia Gleici Damasceno, finalista do Big Brother Brasil 2018. Pontes entrevistou parentes, vizinhos e até a ex-patroa de Gleici.


Leia a seguir a matéria publicada no site da revista. Antes, porém, mais uma informação: a enquete do site UOL mostrava (até às 22h51 desta quarta-feira, dia 18) Gleici em primeiro lugar na preferência dos fãs do reality show, com 50,58% dos votos; em seguida vinha Kaysar, com 40,93%, e Família Lima, com 8,50%.



A acriana Gleici Damasceno, 22 anos, chama a atenção do país em sua participação no Big Brother Brasil 2018, que termina na próxima quinta-feira, dia 19. Ao lado do sírio Kaysar ela é uma das favoritas para levar o prêmio de 1,5 milhão de reais.


No entanto, sua história de vida, a militância política enquanto filiada ao PT e a forte personalidade, que a ajudaram a chegar até a reta final do reality show, são alvos de controvérsias e discussões nas redes sociais.


Muito se questiona sobre até que ponto a história de vida de Gleici é realmente marcada por dificuldades na periferia de Rio Branco, como costuma relatar para seus colegas dentro da casa global. Para alguns, tudo não passa de encenação para passar a imagem de “coitadinha”.


Para conhecer como vivia Gleici antes de ir para o BBB, VEJA esteve no bairro onde ela nasceu e cresceu. A reportagem conversou com amigos, família e com a sua ex-patroa.


Ela começou a trabalhar cedo


Gleici desde muito cedo assumiu responsabilidades. Como a mãe, Vanuzia Damasceno, 39 anos, precisava passar o dia fora de casa trabalhando como empregada doméstica, ela ficava responsável pelos afazeres do lar. Por ser a mais velha entre as filhas mulheres, era ela quem preparava o almoço. Arroz e ovo em muitos dias eram as únicas opções na mesa. Gleici também ficava no pé dos irmãos para não deixarem de ir a escola. Ela é a filha do meio. O mais velho é Agleuson da Silva, 24 anos, e Maria Luzia Damasceno, 18 anos, é a caçula.


A responsabilidade de cuidar dos irmãos acabou por criar em Gleici a afeição por crianças. O primeiro trabalho aos 12 anos foi justamente para cuidar de Felipe, então com 7 meses, filho de Danielle Ferreira. Ela é sobrinha da ex-patroa de Vanuzia. “Eu estudava o dia todo. A Gleici ficava com ele de manhã, porque à tarde eu ia para o colégio”, afirma Danielle, hoje com 28 anos, e professora na mesma faculdade onde Gleici estuda psicologia — Gleici é beneficiária do Fies, o financiamento estudantil. “Ela sempre foi muito doce, muito meiga. Ela sempre sabia o que estava fazendo. Se era para ser babá, ela sabia cuidar de uma criança. Se era para cuidar de uma casa, ela também sabia”, diz a ex-chefe. “Ela sabe se adaptar a diferentes situações.” 


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