Quase dois anos após acidente, acreano é campeão mundial de parajiu-jitsu

Em conversa com o GloboEsporte.com, ele destaca a felicidade pela conquista e lembra a data marcante que mudou sua trajetória de vida e o fez se tornar um atleta de alta categoria.

– Essa medalha não é minha. É de todo o estado, todas as pessoas que não desistiram, pessoas que por alguma coisa estão com depressão, passando por alguma dificuldade na vida. Sempre falo pra elas: não desista. Não desista dos seus sonhos, dos seus objetivos, porque as coisas vão acontecer naturalmente. As vitórias vão vir. E foi comigo. Completo dois anos do acidente nesta segunda-feira (23). Por muitos eu nunca mais ia andar, nunca mais ir ter uma vida normal, e graças a Deus, o jiu-jitsu mudou minha vida. E hoje sou campeão mundial. Não caiu a ficha ainda – comenta.

Wendell Barbosa fala sobre as dificuldades além do acidente para chegar a ser o melhor do mundo. Assim como vários atletas do estado, sofre com a falta de apoio. E destaca ainda o empenho para alcançar a medalha de ouro.

– Foi muito difícil estar aqui sem apoio. É um gasto muito grande, mas graças a Deus deu tudo certo e conseguimos chegar ao objetivo. Foi muito difícil, as lutas são bem pesadas. Lutei com dois faixas pretas e, graças a Deus, consegui impor meu jogo. Treinei muito esses meses, desde quando cheguei de Londres eu não parei. Um campeonato que não tenho como descrever. É o maior campeonato de jiu-jitsu do mundo. Estou muito feliz, só tenho a agradecer a Deus.

Com o título conquistado, ele pensa na sequência do ano e já sabe quais os próximos desafios que terá pela frente.

– Vamos preparar mais forte ainda para a temporada 2018-2019. As primeiras viagens que já têm são Los Angeles (EUA), julho no Japão, e janeiro na Rússia. São os três primeiros grand slams do mundial – completa.