Acusados são apontados também como membros de facções criminosas. Ataques ocorreram em outubro de 2015 após a morte de Denis Fortunato de Souza e Fábio Andrade
Cinco pessoas foram condenadas pela Justiça do Acre por integrar facções criminosas e pelos ataques em Rio Branco e interior do Acre em 2015 . O grupo é acusado de queimar ônibus, veículos de agentes da Segurança Pública, prédios públicos e causar pavor na população após a morte de dois assaltantes. A decisão é da 4ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco e cabe recurso.
Leonardo Moura dos Santos, Luciano Oliveira da Silva, Manoel Camelo Alves, Manoel Oliveira e Oliveira e Marcela Virgínia da Silva são acusados ainda de integrarem facções criminosas.
A defesa de Manoel Alves falou que já entrou com recurso de apelação pedindo a diminuição da pena. A advogada Gisele Vargas negou que o cliente tenha envolvimento com os ataques. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos demais acusados.
“Fomos notificados semana passada. Já entrei com recurso de apelação e, provavelmente depois de uns quatro meses, vão julgar o recurso. O Ministério Público fez uma salada mista da denúncia. Como foram vários réus, eles dividiram o processo em grupo de cinco pessoas. Foram várias denúncias e nem todos foram acusados de atear fogo. O Manoel foi mais por fazer parte de facção, até porque ele já se encontrava preso na época”, acrescentou.
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Tentativa de assalto acabou com duas pessoas morta em Rio Branco (Foto: Caio Fulgêncio/G1)
Os ataques iniciaram após as mortes de Denis Fortunato de Souza e Fábio Andrade, no dia 6 de outubro de 2015. Eles morreram após serem baleados por um policial à paisana durante um assalto a uma clínica, na Avenida Getúlio Vargas.
Nos dias seguintes a população acreana vivenciou dias de pavor. Foram diversos ônibus do transporte coletivo, veículos e casas de moradores e agentes da Segurança Públicos queimados . A frota do transporte público chegou a ser reduzida devido aos incêndios. A Segurança Pública reforçou o efetivo no presídio e pediu reforços do Exército e Força Nacional
A publicação do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), feita nesta terça-feira (17), destaca que quatro dos acusados foram sentenciados a mais de seis anos e oito meses de prisão em regime aberto, além do pagamento de multas. Já Marcela Virgínia da Silva foi condenada a cinco anos e quatro meses de reclusão.
O juiz de Direito e responsável pela sentença, Leandro Gross, ressaltou na decisão que a Justiça repudia a ação de organizações criminosas. O magistrado confirmou que o grupo agiu após a morte dos ‘irmãos’, forma como os membros das facções se chamam.
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Carro foi completamente consumido pelo fogo (Foto: Aline Nascimento/G1)